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TURISMO • 03/02/2023

Equatoriano visita Assis na volta da Terra do Fim do Mundo

São muitas as aventuras vividas pelo motociclista de 34 anos.

Equatoriano visita Assis na volta da Terra do Fim do Mundo

Arturo Segovia, de 34 anos, formado em Engenharia Mecânica e Gastronomia, optou por um passeio muito longo e diferente, programado há cinco anos: Ele saiu de sua cidade, Guayaquil (a maior do Equador), em 12 de novembro de 2022, pilotando a sua moto – uma BMW F700 GS, em uma grande aventura até chegar a Ushuaia, na Argentina. Encravada entre a cordilheira dos Andes e o Canal Beagle, Ushuaia é carinhosamente conhecida como a Terra do Fim do Mundo.

No retorno, passou por vários lugres, onde foi acolhido por motociclistas e teve acesso às várias culturas. 

Até a última quinta-feira, 02, o aventureiro estava em Assis, hospedado na residência do casal, Renatão Triciclista - do Rat Bike, e Tatiane, do Esquadrão Quadrangular Moto Clube. A indicação da estadia foi por parte de um motociclista da Hermandad Motera Internacional da Colômbia.

Nesta sexta-feira, 03, Segóvia chegou a São Paulo, e, juntamente com o seu novo anfitrião, vai visitar algumas praias, descansar e seguir viagem para o Rio de Janeiro.

Sobre os riscos no decorrer da viagem, Segóvia disse ao portal Abordagem que são inegáveis e já passou por alguns apuros, como chuvas torrenciais, fortes ventos, neblina que impossibilitava visualizar a rodovia, caminhões saindo de curvas em alta velocidade, entre outros obstáculos.

“São muitos os riscos, é muito perigoso dirigir com vento de cascalho e chuva. O vento da Patagônia, ao sul da Argentina e Chile, chega a 80-120 km/h. Tinha tanques de óleo de metal voando”, descreve com naturalidade.

Sobre a solidão nas estradas tão longas, conta que a ideia era viajar com mais dois amigos, mas houve imprevistos: “Eram três bons amigos que queriam fazer a viagem, juntos, até o fim do mundo, Ushuaia, mas um deles se casou e não seguiu. Cheguei até o Peru com o segundo amigo, que teve de voltar quase um mês depois”, relata o motociclista, que decidiu ir adiante, sozinho.

O equatoriano já percorreu nada menos do que 21.000 km. Nessa distância, teve problemas com a moto, tendo de trocar o pneu dianteiro e traseiro, e também fazer a troca de óleo, dentre outros ajustes, como a bateria.

Na quinta-feira, o motociclista deixou os amigos conquistados em Assis - onde foram muitas as recepções e experimentos gastronômicos, parou no Estado de São Paulo e  partirá rumo ao Rio de Janeiro, onde passará o Carnaval, a maior festa brasileira que terá o prazer de conhecer. 

Sobre o aprendizado ao longo da viagem, relata que são muitos e ricos: “A viagem é feita por pessoas, momentos, sorrisos e abraços. Já estive em lugares feios, com pessoas bonitas que jamais poderei esquecer; assim como já estive em lugares bonitos, e só com o tempo irei apagá-los da memória. Somos mais bons, do que maus, no mundo. Deus me acompanhou durante toda a jornada, colocando pessoas boas no caminho”, pontua.

O viajante do Equador dá conselho: “Sempre ouça a experiência dos mais velhos. Muita gente no caminho se refletiu em mim, muitos querem uma viagem semelhante, mas não se aventuram. Espero poder ser uma inspiração. Não importa o modelo, ou a marca da moto, apenas não desista, persista, pois só não chega aonde quer é quem desiste”, finaliza Segovia.

Mapa do trajeto iniciado no Equador

 

Abaixo, alguns registro da aventura insólita! 

 

Fonte: Redação




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