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POLÍCIA • 02/12/2021

Segurança acusado de homicídio tem crime desclassificado em Assis

O contador, Roberto Donizete foi agredido e morto em 2019. Família não se conforma com o veredicto.

Segurança acusado de homicídio tem crime desclassificado em Assis

Em um julgamento demasiadamente longo e com o plenário vazio, devido à pandemia da Covid-19, com sentença proferida por volta das 2h45 desta quinta-feira, 02,  o juiz do Tribunal do Júri de Assis declarou extinto o crime de homicídio imputado ao réu, Jairo Claudinei de Medeiros, de 50 anos. Na sessão de julgamento, houve a desclassificação de homicídio, para lesão corporal seguida de morte. Em votação, os jurados entenderam que não houve a intenção de matar, apenas a de lesionar, deixando de considerar que houve crime doloso contra a vida, conforme pedia a acusação.

O júri começou às 10 horas de quarta-feira, 01 de dezembro, e a demora gerou muita ansiedade nos familiares - que não puderam participar, assim como o resultado gerou tristeza,  revolva e perplexidade.

João da Cruz, irmão de Roberto Donizete, bem como familiares mais próximos, ficaram acordados, esperando, à distância, o veredicto, que consideram uma injustiça sem tamanho, algo com o qual não conseguem se conformar. “Tínhamos a esperança da condenação desse ‘ser’ que tirou a vida de um pai de família. Meu irmão era uma pessoa do bem e muito querido na cidade, tinha inúmeros amigos. Ele quis separar uma briga, mostrando que era da paz, sem saber que encontraria a morte, tão violenta, pelas mãos de quem deveria estar ali para oferecer segurança. Nunca em minha vida vi um velório tão cheio, nunca vi tanta gente triste e inconformada. E agora vem nossa ‘justiça’ e faz essa presepada. Ele (réu) quis matar meu irmão, sim! O médico legista constatou que os golpes foram para matar, não para machucar; meu irmão tinha quatro lesões cerebrais. Estamos completamente frustrados e revoltados com o resultado desse julgamento e analisando a possibilidade de entrar com recurso contra esse absurdo!” expressa.

O crime contra a vida de Roberto Donizete da Cruz (foto), interrompida aos 53 anos de idade, ocorreu em 10 de fevereiro de 2019, tendo como autor o segurança, Jairo, que na fatídica data prestava serviço terceirizado ao Clube da Terceira Idade.

Segundo apurado em inquérito policial, naquela noite de domingo, Roberto tentava separar uma briga no clube, quando foi contido pelo segurança, Jairo. Levado para fora, o contador foi brutamente agredido, e ao levar golpes na cabeça, foi ao chão, perdendo os sentidos. Atendido na UPA, posteriormente teve de ser transferido ao HC de Marília, onde passou por cirurgia e morreu três dias depois.

Inicialmente o crime foi registrado como lesão corporal, depois, alternado para homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. E foi com o entendimento de que a primeira classificação era a correta, que o réu deixou o cárcere. Ele estava preso desde o crime e, nesta madrugada, foi condenado a quatro anos e oito meses em regime semiaberto.

A acusação foi feita pelo promotor de justiça, Fernando Fernandes Fraga, que teve a assistência do advogado, José Roberto Magalhaes Prado, contratado pela família de Roberto Donizete da Cruz.

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