Irmãos réus do caso Vítor Viana são ouvidos por teleconferência em júri popular em Assis
Sessão ocorre nesta quarta-feira (24) com transmissão direta dos presídios de Paraguaçu e Pirajuí.
O Tribunal do Júri da Comarca de Assis realiza, nesta quarta-feira (24), o julgamento dos irmãos Emerson Alves Quaresma e Everaldo Alves Quaresma, acusados do homicídio de Vítor Viana Alves Teodoro, de 34 anos, ocorrido em 17 de janeiro de 2020, na Rua General Carneiro, bairro Vila Glória. A sessão acontece no plenário da Câmara Municipal e deverá se estender ao longo do dia.
O júri é presidido pelo juiz Bruno César Giovanini Garcia. A acusação está a cargo do promotor de Justiça Fernando Fernandes Fraga, enquanto a defesa é conduzida pelo advogado criminalista Alexandre Valverde e Marina Helou Giraldeli Toni. Os réus não estão fisicamente em Assis: Emerson participa do julgamento a partir da unidade prisional de Paraguaçu Paulista, e Everaldo, da penitenciária de Pirajuí, ambos por meio de teleconferência.
O crime
Na manhã de 17 de janeiro de 2020, por volta das 8h40, Vítor saía de casa em seu veículo quando foi surpreendido por três homens armados e encapuzados. Os criminosos efetuaram disparos, que não o atingiram, e iniciaram uma perseguição. Vítor correu até o quintal da casa vizinha, mas foi alcançado em uma escada, ao final do corredor, quando tentava escapar dos seus algozes.
De acordo com a denúncia, ele recebeu diversos golpes de faca, a maioria no rosto, além de disparos de arma de fogo. A violência ocorreu em plena luz do dia, diante de vizinhos que estavam na casa. A reportagem acompanhou o caso à época e registrou as marcas de tiros nas paredes do local, bem como o trabalho das equipes de isolamento e perícia.
Investigação e denúncia
As apurações da Polícia Civil, conduzidas pelo delegado Marcelo Armstrong Nunes, apontaram que os acusados teriam agido em emboscada, com meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima. O Ministério Público denunciou os irmãos por homicídio qualificado (artigo 121, §2º, incisos III e IV do Código Penal), com base no uso de recurso que dificultou a defesa e pela extrema brutalidade, além da coautoria prevista no artigo 29.
O processo também registra que os desentendimentos entre um dos réus e a vítima eram antigos, marcados por confrontos anteriores e até tentativas de homicídio em anos passados.
Expectativa
O caso ganhou grande repercussão social em Assis, tanto pela crueldade do crime quanto pelo fato de ter ocorrido em plena manhã em uma região habitada. Familiares e amigos de Vítor aguardam uma decisão que faça justiça.
A sessão do júri deve se prolongar por várias horas e poderá resultar em penas severas de prisão, caso os jurados acolham a acusação.
Fonte: Redação e fotos Abordagem Notícias
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