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JUSTIÇA • 11/10/2023

Homem que matou garçonete em Palmital é condenado

O casal estava em processo de separação e ele não aceitava o fim.

Homem que matou garçonete em Palmital é condenado

A Justiça de Palmital condenou coletor de lixo, Everton Amaral da Silva, de 29 anos, a 14 anos de prisão por esfaquear e matar a garçonete, Pamela Gonçalves de Oliveira Geraldo, de 22 anos. O caso de feminicidio ocorreu em 13 de novembro do ano passado no Jardim Paulista, na região do bairro São José. A sessão do Tribunal do Júri, presidida pela juíza Lucillana Lua Roos de Oliveira, foi realizada na segunda-feira, 09, no Fórum da Comarca.

O julgamento, que inicialmente estava previsto para ocorrer em 28 de setembro e teve de ser adiado pela ausência justificada do promotor designado para o caso, foi acompanhado por familiares de Pamela. Os pais da jovem, o trabalhador rural Ronaldo Geraldo e a dona- de-casa Anna Angélica Gonçalves de Oliveira, que residem em Paraguaçu Paulista, foram a Palmital juntamente com uma amiga da garçonete para acompanhar a sessão do Júri. Eles usavam camisetas com fotos dela.

Após o sorteio do Conselho de Sentença, houve a leitura de resumo do processo e a tomada de depoimentos de testemunhas de defesa e de acusação, além do interrogató do réu. Posteriormente, ocorreu o debate entre o advogado, Manoel Henrique Lopes da Cunha, que defendeu Everton, e o promotor, Daniel Camacho Pontremolez. Ao final, os jurados deliberaram pela culpa do acusado no homicídio qualificado.

Devido às características e qualificadoras do homicídio, conforme ponderou a juíza, a pena que deve ser cumprida inicialmente em regime fechado. Cabe recurso da decisão, tanto para a defesa do réu, quanto para o Ministério Público da Comarca. Com a decisão do júri, Everton continua preso, pois estava sob a custódia preventiva desde que se entregou depois de praticar o crime, e deverá ser transferido para um presídio para o cumprimento da pena.

CRIME

Segundo relatório do processo, o crime ocorreu na residência do casal, localizada na rua Pernambuco. Conforme a denúncia, eles conviviam em relação estável havia cerca de quatro anos e estariam em processo de separação devido ao desgaste do relacionamento. No sábado 12 de novembro de 2022, Pamela cumpriu sua rotina como garconete em uma lanchonete e, após o expediente, teria permanecido no local, com colegas, para tomar cerveja e conversar.

Pamela, inclusive teria avisado a Everton que chegaria tarde, conforme conversas de WhatsApp anexadas aos autos. A garçonete teria chegado em casa por volta das 3 horas de domingo (13 de novembro) e foi para o quarto, onde deitou na cama. O filho que Everton teve em outro relacionamento, de 11 anos, dormia em outro cômodo da casa. O réu, acreditando ter sido traído, pegou duas facas e atacou Pamela pelas costas quando ela estaria deitada de bruços.

A garçonete chegou a cair no chão ao tentar evitar os ataques, que continuaram até a sua morte. Posteriormente, o coletor trancou a porta do quarto e, se comportado como "nada tivesse acontecido", dormiu na sala até a manhã, quando seu filho acordou. O acusado levou o garoto para a casa da mãe e teria visitado seus irmãos no domingo, mantendo-se em silêncio durante o dia todo sobre o crime, deixando o corpo de Pamela trancado no quarto.

No período da noite, Everton foi à igreja em companhia de seus familiares e, somente depois do culto, por volta das 23 horas de domingo (13/11), esteve na casa de sua mãe e matado Pamela Ele fugiu em seguida. Os parentes foram até a sede da polícia militar para relatar os fatos e levaram os policiais até a casa o de houve o encontro do corpo da garçonete, que deixou uma filha, de outro relacionamento.
Como não houve a localização imediata de Everton, policiais encaminharam seus familiares à Delegacia de Palmital. Durante o registro da ocorrência, por homicídio qualificado, policiais fizeram diligências e mantiveram incessante negociação por telefone com o acusado, que concordou em se entregar na unidade policial para ser autuado. Um dia depois, o coletor teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e permaneceu preso até o julgamento.
 

Fonte: Jornal da Comarca




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