A incompetência da gestão do Conselho Curador da Fundação Educacional do Municipal de Assis - FEMA - ficou exposta mais uma vez durante a reunião extraordinária convocada para a última terça-feira, dia 16 de maio. A falta de quórum foi o principal motivo que frustrou a expectativa de todos os envolvidos. Mais uma vez, a prestação de contas do exercício 2022 não foi votada.

Aparentemente, os Conselheiros têm se mostrado pouco comprometidos com suas responsabilidades em representar seus segmentos. O estatuto previa a presença de nove pessoas para instalar a reunião, porém, havia apenas oito, numa desconsideração total às determinações estatutárias.

Quando a possibilidade de empossar dois novos membros foi levantada - Conrado Arcoleze (representante dos alunos) e Cláudio Reis (representantes da Unesp), as perspectivas de realizar a reunião criaram uma expectativa positiva. No entanto, a postura negativa do presidente Arildo José de Almeida pôs um fim abrupto às esperanças de instalação da reunião.

Devido a falha da gestão do Conselho Curador da FEMA , quem mais sofre são os alunos e a própria sociedade que, aleatoriamente, são prejudicados pela falta de comprometimento e falta de cumprimento do dever das pessoas que deveriam estar ali para garantir a qualidade da educação e representar o interesse de toda a comunidade envolvida.

Caso os representantes indicados pelos alunos e Unesp fossem empossados, teria sido possível instalar a reunião, garantindo o número mínimo necessário. No entanto, a situação gerou críticas por conta da contradição de não permitir que os representantes fossem contabilizados como presentes para dar condições para que a reunião ocorresse.

Diante disso, o grupo de conselheiros responsável pela convocação avalia a possibilidade de buscar amparo judicial para garantir a posse e participação nas reuniões.

O prefeito municipal, José Aparecido Fernandes e os secretários municipais, Percy Speridião (Fazenda) e Dulce de Andrade Araújo (Educação) -que podem ser obrigados a deixar o Conselho Curador por conta de uma mudança da Lei Orgânica do Município- foram alguns dos conselheiros ausentes  e contribuíram para o cancelamento da reunião. Como resultado, as contas referentes ao exercício de 2022 ficaram impossibilitadas de serem votadas novamente.

Essa prestação de contas é envolta de polêmicas, uma vez que há alegações de possíveis irregularidades que resultaram em investigações por parte da Câmara Municipal, Ministério Público e Polícia Civil.