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GERAL • 27/08/2021

A psicologia digital já é realidade: reflexões que todo o psicólogo precisa fazer neste 27 de agosto

Por Dra. Ana Carolina Peuker

A psicologia digital já é realidade: reflexões que todo o psicólogo precisa fazer neste 27 de agosto

Neste mês alusivo ao dia do(a) psicólogo(a) temos muito a refletir. Em especial, sobre as mudanças que ocorreram em virtude da transformação digital e catalisadas pela crise pandêmica. Definitivamente, o trabalho do(a) psicólogo(a) como conhecíamos, já não é mais o mesmo. Jornadas de trabalho remoto, relacionamentos phydigitais (físicos e digitais), avaliação psicológica online, ensino à distância, tratamentos mediados por tecnologia, prática baseada em dados, já são uma realidade entre os profissionais alinhados com a era digital.

Ciclos cada vez mais rápidos de mudança surgiram, nos levando em direção à tecnologia, e por isso, novas habilidades profissionais serão demandadas, como a alfabetização digital, resolução de problemas, capacidade de adaptação à mudança, entre outras. Não podemos mais negar a presença das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e a rapidez do avanço tecnológico.

Estamos inseridos em um ambiente cada vez mais complexo e para lidar com essas novas demandas, a psicologia precisa não apenas trabalhar de forma científica, mas também inovar. Diante disso, os psicólogos precisam estar aptos a usar recursos tecnológicos, mediando seus processos de trabalho pela linguagem digital.

Ao empregar tecnologia na psicologia, pode-se criar cultura data driven, gerando insights relevantes a partir das informações obtidas na prática nos mais diversos contextos de inserção do psicólogo. Com a transformação digital permite-se a inclusão de perspectivas mais complexas, como a identificação de padrões e tendências emergentes, observações longitudinais, populacionais e análises preditivas. Este fato amplia, substancialmente, a abrangência e o impacto social do conhecimento produzido pela psicologia.

Para o avanço da área, é necessário desenvolvermos psicólogos(as) com uma mentalidade inovadora, mas sem prescindir de um forte embasamento técnico científico. Assim, a psicologia ganhará mais relevância e produzirá maior impacto social, pois contará com profissionais hábeis, com a capacidade de solucionar problemas complexos e de atuarem nesta nova realidade, cada vez mais demandante, do ponto de vista tecnológico. Neste contexto, compreender o cenário atual e o quanto os profissionais sentem-se preparados para a digitalização de sua prática é de fundamental importância para instrumentalizá-los e permitir sua inserção profissional.

Apesar de muitos avanços, ainda há resistência à inovação na psicologia, um campo deveras conservador. Mas, por que as pessoas resistem à inovação? Há evidências de que essa resistência nem sempre se refere à adoção de novas ideias em si, mas se deve ao receio que as pessoas possuem de perderem parte de sua identidade, podendo separá-las de seu senso de self. Mesmo quando a inovação traz impactos positivos, há o medo de mudar, ou o medo de deixar de ser quem é ao mudar.

A inovação na psicologia ainda pode ser vista por muitos com ceticismo e de difícil aplicação, mas isso não é verdadeiro. A revolução digital já está transformando a psicologia. Precisamos preparar a disciplina e a profissão de psicologia para o futuro, à medida que a saúde se move cada vez mais em direção à incorporação de tecnologia. Para isso, é preciso trabalhar para causar um impacto positivo em questões sociais críticas, aumentando o acesso à intervenções de qualidade e também difundir a ciência psicológica, que deve ser a base para intervenções baseadas em tecnologia.

Podemos inovar em qualquer área, produto ou processo, propondo soluções novas, formas criativas e inteligentes de romper com padrões anteriores. A atenção para o futuro é uma premissa para inovar. Certamente, a crise da covid-19 acelerou o futuro e fomos impactados com a necessidade de reinventar nossa prática.

Não podemos prever todas as oportunidades e as ameaças que ainda poderão surgir neste mundo mutante. Além dos limites da previsão, devemos contar com recursos mais profundos para irmos mais longe: visão, valores, princípios, ética, educação continuada. Podemos evitar surpresas? Não. Mas, com esses recursos podemos moldar suas consequências e o futuro de nossa profissão. Diante de tanta mudança, temos que admitir, o futuro da psicologia é agora, e você, psicólogo(a), está pronto?

*CEO da Bee Touch, é co-criadora da AVAX PSI, a plataforma pioneira de avaliações psicológicas do Brasil. É entusiasta do fortalecimento da inovação na área da saúde mental. Especialista em Psicologia Clínica. Realizou Mestrado, Doutorado e Pós Doutorado no Laboratório de Psicologia *Experimental, Neurociências e Comportamento (LPNeC), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Realizou Pós Doutorado no Grupo de Estudos Avançados em Psicologia da Saúde - GEAPSA (UNISINOS). Quanto ao currículo, foi professora do Instituto de Psicologia da UFRGS, atuou como pesquisadora e professora do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas (CPAD), do Departamento de Psiquiatria (UFRGS) e do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS). Ana Carolina é membro da Comissão de Avaliação Psicológica (CAP) e do Grupo de trabalho em avaliação psicológica dos riscos psicossociais do Conselho Regional de Psicologia do RS (CRP/07). Além disso, integra o Grupo de Trabalho de Enfrentamento à COVID-19 da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP) e recentemente, faz parte do Artemis Project, programa Canadense de aceleração, que tem como objetivo favorecer a participação de negócios liderados por mulheres na cadeia de fornecedores da indústria de mineração.

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A Bee Touch, mental healthtech pioneira na mensuração, rastreamento e predição do risco psicossocial e em avaliações psicológicas digitais, possui tecnologia com algoritmo proprietário para que os riscos psicológicos possam ser rastreados digitalmente para garantir a predição e o controle de processos, eventos, situações que podem causar danos às pessoas e ao ambiente. Os riscos psicológicos devem ser prevenidos e geridos, da mesma forma lógica e sistemática que outros riscos de saúde e segurança no local de trabalho, independentemente do tamanho ou tipo de empresa. Ao seguir uma metodologia bem definida é possível assegurar que os riscos psicológicos estão sendo avaliados, monitorados e prevenidos e que ações custo efetivas sejam tomadas.

 

Assessoria de imprensa




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