
Assisense supera complicações graves do Lúpus e participa de projeto com a personal Carol Vaz no Rio
Mariane Pinheiro realizou o sonho de conhecer uma das treinadoras mais famosas do Brasil.

Após enfrentar complicações severas causadas pelo Lúpus, uma doença autoimune inflamatória, incluindo meningite, encefalite autoimune, perda total dos movimentos, da fala e da memória, a assisense, Mariane Pinheiro, de 28 anos, reconstruiu sua vida por meio de um longo processo de reabilitação física e emocional.
Recentemente, Mariane participou de um concurso promovido pela marca de suplementos Dragon, que selecionou duas mulheres para treinarem com a renomada treinadora Carol Vaz, no Rio de Janeiro, com todas as despesas pagas.
Mesmo usando bengala para andar, ela se inscreveu, foi escolhida e superou todas as limitações físicas para viver esta experiência inédita que serve de exemplo, superação e motivação para pessoas que lutam contra dificuldades semelhantes.
Sua trajetória de luta contra a doença, reabilitação e reconhecimento inspira pacientes com doenças autoimunes e mostra a importância da musculação e da reabilitação intensiva no processo de recuperação.
“Tudo começou em 2017, quando o meu Lúpus entrou em atividade pela primeira vez, aos 20 anos. Eu descobri a doença com 18 anos. Iniciei o tratamento com corticoide (prednisona) para controlar a atividade e colocar a doença em remissão, já que ela pode atingir qualquer órgão do corpo, inclusive o cérebro, como acabou acontecendo comigo. O problema é que toda vez que tentavam reduzir a dose da medicação, eu piorava”, conta.
Mariane lembra que começou a ter comportamentos fora do padrão, como agressividade, dores constantes e falta de apetite que chamaram a atenção de familiares, amigos e professores, mas fazia diversos exames e ressonâncias e nada aparecia.
“Acreditamos, hoje, que o Lúpus já estava afetando meu sistema nervoso, mas ninguém sabia disso na época. Tudo mudou no dia 16 de maio de 2018. Estava indo para uma consulta com meu reumatologista quando tive uma convulsão ainda em casa. Fui levada para o hospital, e após exames descobriram que eu estava com meningite bacteriana e encefalite autoimune, duas inflamações graves no cérebro. Fiquei cerca de dois meses internada, incluindo alguns dias na UTI, sem qualquer perspectiva do que poderia acontecer. Ninguém sabia se eu ia sobreviver ou se teria sequelas”, relata.
A jovem perdeu completamente os movimentos corporais e a fala, mantendo apenas a capacidade de abrir os olhos e emitir sons. Ao receber alta hospitalar, ainda em estado de inconsciência, foi levada para casa sem memórias do que havia acontecido. Teve perda total de memória de todo o período, incluindo os dias que antecederam a crise, a internação e o início da recuperação em casa. “Essa parte da minha vida está completamente apagada até hoje”, diz.
Segundo ela, a recuperação foi lenta e repleta de desafios. “Quando comecei a recuperar a memória, ainda confundia tudo, pessoas, lugares e situações. Não reconhecia nem a minha própria casa e achava que ainda estava internada. Minha visão voltou aos poucos, e minha audição ficou extremamente sensível. Barulhos como o da chuva me impediam de dormir. Além disso, tive uma dor nas costas insuportável por quase dois anos. Nada aliviava, nem remédio, nem pomada. Só um banho quente dava um alívio momentâneo, mas logo a dor voltava. O que realmente me ajudou a melhorar foi a musculação e, depois, a quiropraxia”, afirma.
De acordo com Mariane, no início da sua reabilitação fazia fisioterapias convencionais, e hoje, há mais de três anos, faz tratamento em uma clínica especializada de reabilitação intensiva, a clínica NeuroTherapy.
Alguns meses atrás, a marca Dragon lançou um concurso com a atleta Carol Vaz, que selecionaria duas mulheres para irem ao Rio de Janeiro, com tudo pago, treinar com ela, conhecer a academia DNA, a Carol e ainda ganhar um kit de suplementos.
“Eu me inscrevi e fui escolhida. Em menos de 15 dias estava no Rio com a minha irmã. A experiência foi incrível. Eu só acreditei mesmo quando vi a Carol na minha frente e comecei a chorar de emoção. Não tenho uma palavra exata que defina o que foi essa experiência, mas foi algo que vou levar para o resto da minha vida. Conhecer a Carol foi um presente. Eu me emociono só de lembrar. Ela é uma pessoa incrível, com uma energia surreal, e uma mentalidade como eu nunca vi antes. Foi um grande presente. Uma experiência que durou dois dias, mas que eu viveria de novo quantas vezes fosse possível”, relembra.
A experiência incluiu também o encontro com a atleta e influenciadora Luana Mendes, referência no segmento fitness, e proporcionou à jovem um novo olhar sobre sua trajetória. “Ser reconhecida pela Dragon, uma marca que acompanho há anos e da qual sou cliente fiel, foi muito especial. Eles oferecem conteúdo gratuito, promovem projetos sociais e tratam os consumidores com respeito. É uma marca que eu teria orgulho de representar. Além disso, foi incrível conhecer um pouco mais do Rio de Janeiro, especialmente a Barra da Tijuca, onde ficamos”, comenta.
“Mesmo já tendo ido ao Rio antes, essa foi uma experiência completamente diferente. Voltei com a cabeça cheia de novos pensamentos, conhecendo outro mundo, afinal, nasci e moro em Assis, uma cidade pequena. Então estar numa cidade grande, com pessoas que eu só via pela internet, foi transformador. Até hoje, parece que foi um sonho. Um daqueles momentos que marcam para sempre. Só gratidão”, conclui.
Mariane Pinheiro é um exemplo de que, mesmo diante das adversidades da vida, a força de vontade e a busca por novas oportunidades podem transformar realidades e inspirar comunidades.
Assista o vídeo completo do encontro da assisense com a atleta de renome nacional, Carol Vaz, no YouTube Aqui.
Fonte: Da Redação - Fotos: cedidas por Mariane
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