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LOCAL • 17/08/2021

Parentes do vice-prefeito de Assis fazem acordo após furarem a fila da vacinação Covid

O acordo prevê o pagamento de R$ 90 mil à Santa Casa de Assis.

Parentes do vice-prefeito de Assis fazem acordo após furarem a fila da vacinação Covid

Em abril de 2021, a Câmara Municipal de Assis instaurou uma CPI da Covid-19 com objetivo de averiguar possíveis irregularidades no processo de vacinação no município. A fraude foi comprovada e houve acordo recente para pagamento de um valor que chega a R$ 90 mil por integrantes de uma tradicional família de Assis, parentes do vice-prefeito, Aref Sabeh. A beneficiada é a Santa Casa de Misericórdia.

A discussão veio à tona depois que a Prefeitura de Assis divulgou a lista dos moradores que tomaram a vacina contra o novo coronavírus na cidade, em cumprimento a uma lei municipal aprovada em fevereiro pela Câmara de Vereadores.

A publicação da lista dos vacinados gerou um grande número de denúncias ao Ministério Público, que passou a apurar a existência de fraude, haja vista os nomes de pessoas bem conhecidas na cidade que se imunizaram como se fossem profissionais da saúde, sendo de conhecimento da população que atuam em outras áreas.

As três pessoas que fizeram o acordo de pagamento com o Ministério Público são o presidente da Associação Comercial de Assis, irmão do vice-prefeito, Aref Sabeh, a mulher dele e um dos filhos.

“Os três tomaram a vacina como profissionais da saúde, porque foi enviado um ofício para a Secretaria Municipal de Saúde, pela clínica de um dos filhos do Nami Sabeh, que é o presidente da Associação comercial e Industrial de Assis, então houve fraude”, conta o vereador Fernando Sirchia, responsável pela CPI Covid. 

O Ministério Público de Assis propôs o acordo, que foi fechado em R$ 30 mil por pessoa. Os depoimentos que já estavam marcados pela CPI foram cancelados em virtude disso.

Em contato com o promotor de Justiça, Sérgio Campanharo, a reportagem foi informada nesta manhã de terça-feira, 17, que o acordo chegou ao montante de R$ 90 mil reais, cuja beneficiária é a Santa Casa.

Segundo Campanharo, o acerto aguarda homologação do Conselho Superior do Ministério Público. “Assim que homologar, inicia o pagamento”, informa.

Também em Assis houve polêmica com a vacinação ocorrida no 32º Batalhão da Polícia Militar, após denúncias de que esposas de alguns policiais haviam sido vacinadas na chamada "xepa da vacina", que é sobra de doses que precisam ser aplicadas no dia.

Os PMs envolvidos e mais uma empresa também fizeram acordo, em outros valores, conforme cita o promotor. Alguns dos investigados, que participam da diretoria da Santa Casa e voluntários da AVCCA, tiveram o procedimento arquivado, pois demonstraram que atuavam em ambiente hospitalar.

A situação ocorrida em Assis, denominada como "fura-fila da vacina covid", ganhou repercussão nacional. 

Redação Abordagem




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