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POLÍCIA • 06/05/2021

Condutor do carro que matou Leandro e feriu Giulia vai a Júri Popular

O acidente ocorreu em dezembro/20 e a pronuncia foi assinada ontem pelo Juiz de Direito Valderrama.

Condutor do carro que matou Leandro e feriu Giulia vai a Júri Popular

Na madrugada de 13 de dezembro de 2020, acidente de trânsito ocorrido no cruzamento das avenidas Rui Barbosa e Otto Ribeiro, em Assis-SP, resultou na morte de Leandro Rosendo Consoli Claudino (18) e ferimentos graves em Giulia Cateli Sampaio (17), respectivamente  condutor e passageira da motocicleta violentamente atingida  pelo carro dirigido por Júlio César Ramires, 38 anos, que foi preso no dia 28 de dezembro e assim permanece.

Ao término do inquérito policial, conduzido pela Central de Polícia Judiciária de Assis, em 14 de janeiro de 2021 o promotor de Justiça da comarca local, Fernando Fernandes Fragra, a quem foi atribuído o caso, protocolou a denúncia contra o condutor do veículo veículo Fiat/Cronos Drive, causador do acidente. Na tarde de ontem, 05 de maio, o Juiz de Direito, Arnaldo Luiz Zasso Valderrama assinou a pronuncia e o réu, que irá a júri popular, caso o Tribunal não mude a decisão.

De acordo com o Ministério Público, na fatídica madrugada o réu estava no Bar Almanaque e ingeriu bebida alcóolica com amigos. Por volta das 2h15 ele foi embora e deu carona a uma conhecida. Ramires assumiu a direção do veículo com a capacidade psicomotora alterada em virtude da ingestão de álcool; dirigia pela em alta velocidade; no cruzamento com a Avenida Otto Ribeiro, embriagado e em velocidade incompatível com a via, desrespeitou o sinal vermelho e atravessou o cruzamento, assumindo o risco de causar morte ou lesão a outrem; colidiu contra a moto Honda/CG 160 Star, conduzida pela vítima Leandro, que tinha a vítima Giulia na garupa, estes trafegavam no sentido contrário da Av. Rui Barbosa e iniciavam conversão à esquerda para entrar na Av. Otto Ribeiro, manobra autorizada pelo sinal verde.


 

Leandro foi arrastado por 57m pelo veículo do réu, o que lhe casou graves ferimentos à passageira. Ramires deixou o local do acidente, sem prestar socorro às vítimas, e foi em busca de seu pai, com um carro emprestado por uma mulher. Segundo apurado pela Polícia Civil, ele voltou ao local do acidente e quis atribuir ao pai a direção do veículo, uma vez que havia ingerido bebida alcóolica e já tinha ficha criminal, momento em que foi contestado pela garota a quem deu carona.

 



Exame necroscópico indicou que Leandro morreu em consequência de traumatismo cranioencefálico em edema cerebral associado e hemorragia intracraniana, causados por agente contundente.

O laudo do exame de corpo de delito demonstrou que Giulia sofreu lesão corporal grave decorrente de politraumatismo, fratura de fêmur direito, fratura de quadril bilateral, fratura de escapula direita, contusão pulmonar com insuficiência respiratória, fratura de arcos costais, angiodema risco de anafilaxia, derrame pleural laminar posterior bilateral.

De acordo com o laudo de exame toxicológico do acusado, constatou-se que apresentava 1,1g/L de álcool no sangue. A prova oral colhida sob o crivo do contraditório constituiu indício de autoria ao réu preso durante toda a instrução do processo.

Com o trânsito em julgado, o juiz Valderrama determinou que redistribuam-se os autos ao Juízo responsável pelo Tribunal do Júri da Comarca de Assis.

A pronuncia de Ramires ocorre em um momento em que a sociedade assisense clama por justiça pela morte da psicóloga Maria Flavia Camoleze, de 26 anos, no último dia 1º de maio em acidente ocorrido na TRavessa Sorocabana, perto da Praça Arlindo Luz. Ela era passageira de um Gol conduzido por Murilo Almeida Machado, de 24 anos, que assim como Ramires estava sob efeito de bebida alcóolica, segundo relatado pela Polícia Civil de Assis. Há a possibilidade de ter havido um racha entre veículos. O condutor pagou fiança de sete salários mínimos e reponde ao processo em liberdade.

 

Redação Abordagem




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