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LOCAL • 09/03/2020

Professora grávida agredida por aluna não pensa mais em dar aulas

A agressora tem 15 anos de idade e problema de ordem comportamental.

Professora grávida agredida por aluna não pensa mais em dar aulas

Agredida por uma aluna de 15 anos de idade na manhã do dia 06 de março, na escola Leny Barros, em Assis, onde é efetiva há dois anos, a professora L. G. C., de 31 anos, que anteriormente dava aulas no Colégio Santa Maria da Ressurreição, não consegue sequer pensar na possibilidade de voltar a dar aulas. Traumatizada com o ocorrido, no momento ela tenta agendar uma consulta com um psicólogo e psiquiatra, conforme relatou ao site Abordagem Notícias.

“Não vejo nesse momento a possibilidade de voltar à sala de aula. Jamais imaginei que um dia passaria por isso, apenas por pedir silencio à aluna. Não fiz nada além disso”, pontua a professora, que está no quarto mês e meio da sua primeira gestação.

No dia em que foi agredida com puxões de cabelos, arranhões e empurrões, era a primeira vez que L. dava aulas para a aluna autora da violência. “Eu sabia que tinha na escola uma aluna com problema de ordem comportamental. Ela não frequentou as aulas em fevereiro, e eu não a conhecia”, relata.

A agressão foi registrada ba Central de Polícia Judiciária de Assis (CPJ), às 18 horas do mesmo dia,  pelo delegado Marcel Ito Okuma. 

 

DESABAFO

Em sua rede social, a professora fez um desabafo tocante sobre a barbárie da qual foi vítima:

“Sou professora de inglês há 8 anos, formada pela UNESP em Letras, pedagoga, com experiência no exterior e mestre em Ensino de Línguas Estrangeiras. Fui aprovada em concurso público e novamente aprovada em concurso de remoção para conquistar o cargo que hoje ocupo. Grávida de 4 meses, na sexta-feira, SEM MOTIVO fui ESPANCADA por uma aluna, uma adolescente de 15 anos, nas dependências da escola em que leciono. Estou totalmente indignada e apavorada! Como se não bastasse, não encontro o relógio que estava no meu pulso no momento da agressão.
Ainda com dores na cabeça e no corpo, devido aos puxões no cabelo, socos, empurrões e arranhões que sofri, o que me deixa mais desassossegada são as consequências que esse trauma pode trazer ao meu filho. Sigo tentando sobreviver. No final de semana, orientada por meus familiares, tentei sair de casa, mas passei mal e tive crises de choro e falta de ar. Vejo o rosto dela o tempo todo, tenho a sensação de ter sido atacada por um cachorro feroz em um filme de terror.
Estamos lidando com erros gravíssimos, pois se a aluna frequenta a escola, existe uma autorização e reconhecimento de sua saúde mental por parte do Estado. Quanto ao médico, no momento em que liberou a paciente, se responsabilizou pelo que aconteceu.
O que me resta? O que resta à classe de professores? Apanhar na Alesp na terça-feira, apanhar na escola na sexta-feira e voltar na segunda sorrindo? Não temos segurança, não temos valorização, não temos estrutura para ligar com 40 adolescentes a cada 45 minutos em salas abafadas e apertadas. Ultimamente temos dado até 11 aulas por dia e a burocracia é cada vez maior. Será que este não é um preço muito alto a ser pago por nós professores?
Agradeço as inúmeras mensagens de alunos, pais e colegas. Isso me acalenta, mas não tira a minha REVOLTA e INDIGNAÇÃO”, finalizou.

 

Redação Abordagem Notícias.

 

 




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