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POLÍCIA • 28/03/2019

Justiça redesigna data do julgamento dos assassinos de Silvia Cassiano

Gravida de 5 meses, a mulher foi morta e esquartejada.

Justiça redesigna data do julgamento dos assassinos de Silvia Cassiano

Era com expectativa que parentes, amigos, alunos de Direito e advogados do caso aguardavam o julgamento de quatro réus – todos homens, envolvidos no assassinato e esquartejamento da cozinheira Silvia Cassiano, que estava grávida de cinco meses.

A mulher foi retirada de sua cama no dia 08 de março de 2008, quando dormia com dois filhos pequenos, fruto de seu casamento com um dos acusados.

Marcado para quarta-feira, 27 de março, o júri foi redesignado para 27 de agosto. Isso porque a promotoria não conseguiu encontrar uma testemunha, peça fundamental no processo.

Tal pessoa foi arrolada pelo promotor de Justiça Eduardo Henrique Amancio de Souza, que tem como assistente o criminalista Alexandre Pinheiro Valverde.

Estão na defesa dos réus os advogados Alex Luciano Carlos, Sérgio Afonso Mendes, Porfiria Aparecida Albino e Ivan Décio Serra.

Dos quatro acusados, dois são irmãos, sendo o ex-marido e o cunhado de Silvia. Os outros dois eram vizinhos da vítima e, ao longo do processo, todos aguardam o julgamento em liberdade.

O filho que Silvia esperava era do atual companheiro dela, primo em primeiro grau do ex-marido.

 

O crime

Parte do quadril e perna; o shorts xadrez ajudou no reconhecimento do corpo

Em 08 de março de 2008, justamente no dia em que se comemorava o Dia Internacional da Mulher, uma delas foi barbaramente assassinada em Assis. Talvez esse tenha sido o crime mais atroz praticado no município, chocando a todos e tendo grande repercussão nacional. Isso porque, além de estar indefesa - dormindo na sua cama de casal junto com dois filhos pequenos, Sílvia Cassiano, de 33 anos, estava grávida de cinco meses. Ela teria um menino, filho do primo de seu ex-marido.

Ao amanhecer do fatídico dia, quando o desaparecimento foi percebido, a família procurou exaustivamente por Sílvia, espalhando cartazes com a foto dela por municípios de toda a região, numa busca desesperada por respostas. Teria ela fugido apenas com a roupa que dormia, sem ter levado sequer os chinelos e cigarros?

Dois meses depois do misteriosos desaparecimento, a primeira parte de seu corpo (do quadril aos joelhos) foi encontrada dentro de um saco de lixo, em um terreno baldio na periferia da cidade.

Pouco tempo depois, outras partes do corpo foram aparecendo. Sempre em sacos plásticos e congelados. O tronco nunca apareceu, o que foi muito lamentado pela mãe e irmãos dela quando houve o sepultamento das partes, no Cemitério Municipal de Assis.

O que mais impressionou a equipe policial foi o encontro da cabeça de Sílvia, com cabelos, junto a um prato onde estava o feto de um menino. Algo macabro, que à época foi associado à magia negra.

Quando encontradas as partes do corpo, os delegados responsáveis pelo caso afirmaram que, quem esquartejou a gestante mostrou muita habilidade no manuseio de um facão. Acreditavam eles que a cozinheira teria sido esquartejada viva, num ato extremo de crueldade e vingança.

Com investigações difíceis e acirradas, com forte pressão familiar e clamor social, na primeira quinzena de novembro de 2012 dois suspeitos de terem praticado o crime foram presos. A investigação para saber quem tinha executado o esquartejamento, e os motivos para isso, continuou.

No dia 22 do mesmo mês, mais dois suspeitos de participação no crime foram levados à DIG – Delegacia de Investigações Gerais, e foi reiterada a voz de prisão.  

Dos quatro réus, dois são irmãos, sendo o ex-marido e o cunhado de Sílvia Cassiano. Os primeiros homens presos eram vizinhos da vítima. Posteriormente, um habeas corpus colocou o ex-marido para responder em liberdade. Posteriormente os outros também foram soltos para aguardar o julgamento. 

No decorrer do inquérito policial, pelo menos 50 pessoas foram ouvidas, formal e informalmente.

Agora, passados 11 anos, os réus finalmente serão julgados no Fórum da Comarca de Assis.

No dia do sepultamento das partes, mãe e irmãos de Silvia clamaram por justiça

 

Redação e fotos Abordagem Notícias




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