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POLÍCIA • 24/09/2018

Pai de adolescente morta por padrasto clama por justiça através de carreata em Assis

Há exatamente um mês Carol Montolezzi levava um tiro na testa. Ela morreu no dia seguinte.

Pai de adolescente morta por padrasto clama por justiça através de carreata em Assis

Pela segunda vez desde que a assisense Ana Carolina da Silva Montolezzi, de 17 anos, foi alvejada por um tiro fatal, na noite do último dia 24 de agosto, o pai dela, Márcio Montolezzi, irá reunir familiares e amigos para outra manifestação em favor de justiça pela morte da adolescente, ocorrida no dia seguinte ao tiro. A mobilização ocorrerá em frente ao Fórum, na rua Lício Brandão de Camargo, em Assis, no domingo, 30, às 11 horas.

Antes disso, na sexta-feira, 28, às 19 horas, ocorrerá uma primeira carreata, com o mesmo propósito de justiça. A concentração será na Praça Arlindo Luz, com saída pela Rua Floriano Peixoto até o acesso à Rui Barbosa - no quarteirão da Pizzaria Europizza, onde a principal avenida da cidade passa a ter duplo sentido de direção.

A carreata seguirá até o DER (Departamento de Estrada de Rodagem), local em que será feito o retorno pela mesma avenida, até a Praça Arlindo Luz.

“Não posso aceitar que minha filha morreu assassinada e ninguém pagou por isso. Ela sempre me falava que a mãe e o padrasto brigavam muito, e os amigos dela que deram depoimento à polícia confirmaram a mesma coisa. Eu jamais poderia imaginar que fossem envolvê-la numa dessas discórdias, principalmente de forma tão trágica. Quero justiça, pois hoje (24 de setembro) faz um mês que ela foi baleada na cabeça, e nada aconteceu com o culpado. Quero que as leis apurem o mais rápido possível o que de fato aconteceu naquela noite, e que ele (padrasto) seja punido pelo que ele fez. Ninguém acredita em fatalidade”, enfatiza.

Para o pai de Carol, aceitar sua morte, e principalmente a forma como ocorreu, é doloroso demais e extremamente revoltante. “Não dá para aceitar que minha filha morreu dessa forma. Ela foi à minha casa para irmos ao supermercado. Por volta das 19h10 compramos algumas coisas e a deixei quase em frente onde morava com a mãe e o padrasto. Não passou nem 15 minutos e recebi uma ligação da mãe dela, gritando e pedindo socorro, dizendo que o marido havia atirado em minha filha. Eu não acredito que tenha acontecido por acaso, nem que tenha confundido minha filha com um ladrão”, conta nervoso.

Márcio acrescenta que Carol morava com a mãe e padrasto em uma casa de muro com mais de três metros de altura e cerca elétrica. Segundo ele, não havia qualquer sinal de arrombamento que levasse a pensar que tivesse um assaltante na residência. “Era a casa da minha filha, ela tinha as chaves, então não tem sentido essa história de que foi confundida com um ladrão”, frisa.

O pai de Ana Carolina da Silva Montolezzi convida todos os conhecidos, e também quem se sensibilizou com a morte dela, para participar tanto da carreta (sexta-feira), quanto da manifestação (domingo).

O autor do tiro que matou Carol, Edson de Oliveira chegou a ser preso, mas teve a concessão da liberdade provisória requerida pelo advogado Rodrigo Branco Montoro Martins. O indiciado tem atualmente o direito a responder ao processo em liberdade, devendo comparecer ao Fórum da Comarca de Assis, a cada dois meses, para informar e confirmar seu endereço e assinar presença.

Em Audiência de Custódia realizada um dia após a morte da adolescente, quando o indiciado teve concedido o Alvará de Soltura (liberdade provisória com medidas cautelares), foi apresentada sua versão sobre a fatídica noite.

Edson teria chegado em casa, com a mãe de Carol, e percebido que havia alguém dentro do imóvel. Pensando que fosse um ladrão, entrou e foi até seu quarto onde estava o revólver. Segundo seu relato inicial, Carol saiu de um cômodo e deu um grito para assustá-lo, ocasião em que disparou contra ela, acreditando ser um assaltante.

Depois disso, fugiu levando a arma e a escondeu na casa de um parente em Cândido Mota. Ele foi detido por policiais no anel viário de acesso a Assis.

A arma do autor do crime - que trabalhou no Exército Brasileiro, foi apreendida e o caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária de Assis.

Abaixo o vídeo com o apelo de Márcio, pai de Carol:

 

Carol morreu em um leito de UTI no Hospital Regional de Assis, um dia após levar o tiro na testa

Primeira manifestação promovida pelo pai de Carol reuniu parentes e amigos da adolescente

Redação Abordagem Notícias

Fotos - Divulgação




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