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GERAL • 16/05/2018

Casal e amigo acusados da morte de jovem queimada viva irão a júri popular em Franca

Núbia foi morta após ser atraída para uma emboscada, armada por Lauany e Leonardo.

Casal e amigo acusados da morte de jovem queimada viva irão a júri popular em Franca

A Justiça determinou que os três acusados da morte da comerciante Núbia Ribeiro, em setembro de 2017, irão a júri popular em Franca (SP). A estudante Lauany Viodres do Prado, o namorado dela, Leonardo Cantieri, e o amigo do casal, Ítalo Neves, estão presos preventivamente desde o ano passado.

Segundo a Promotoria, Núbia foi morta após ser atraída para uma emboscada, armada por Lauany e Leonardo. A estudante havia descoberto um breve relacionamento entre o namorado e a vítima, o que a deixou inconformada.

Na decisão anunciada nesta terça-feira (15), o juiz Paulo Sérgio Jorge Filho, da Vara do Júri e Execuções de Franca, acolheu a denúncia do Ministério Público e determinou a permanência dos réus na prisão até o julgamento, ainda sem data. Os três são acusados por homicídio qualificado, meio cruel, motivo fútil sem chance de defesa à vítima, e ocultação de cadáver.

Núbia Ribeiro, de 21 anos, foi encontrada morta na zona rural de Patrocínio Paulista (SP), a 23 quilômetros de Franca. Segundo a Polícia Civil, ela sofreu traumatismo craniano e teve o corpo parcialmente queimado quando ainda estava viva.

O advogado de Leonardo, Rafael Sousa Barbosa, afirmou que a decisão já era esperada, mas que vai recorrer.

José Antônio Abdala, que defende Lauany, considerou a decisão apressada e também vai recorrer. Segundo ele, a estudante colaborou com a investigação desde o início e muitas provas não foram produzidas.

A advogada de Ítalo, Aparecida Auxiliadora da Silva, não foi localizada.

[Núbia Ribeiro, de 21 anos, foi achada morta na zona rural de Patrocínio Paulista, SP (Foto: Reprodução)]

Denúncia

Segundo o Ministério Público, no dia em que foi morta, Núbia foi atraída para um encontro com Leonardo, a pedido de Lauany. A jovem havia descoberto uma troca de mensagens pela internet entre o namorado e a vítima e tomou conhecimento de que eles haviam tido um breve relacionamento.

De acordo com a acusação, Núbia seguiu de carro até o apartamento de Leonardo, de onde os dois saíram no veículo dele. Lauany estava escondida no porta-malas e saltou para o banco traseiro durante o trajeto. Ela atacou a comerciante e cortou o rosto dela com um objeto perfurante.

Consta na denúncia que a vítima ficou desacordada e foi levada até a casa de Ítalo. De lá, o amigo do casal seguiu no carro de Leonardo com a jovem. Ele golpeou a cabeça de Núbia com um objeto que a polícia acredita ser a chave de rodas do automóvel e ateou fogo ao corpo, mas ela ainda estava viva.

Após abandoná-la na zona rural de Patrocínio Paulista, Ítalo se encontrou com o casal e eles deixaram o carro da vítima em uma estrada que dá acesso a Ribeirão Corrente (SP), com o intuito de despistar a polícia. O corpo foi achado três dias depois, e os suspeitos identificados e presos.

Durante os interrogatórios e as audiências, os acusados apontaram versões diferentes para o crime. Lauany chegou a apresentar três depoimentos distintos, mas negou participação na morte. Leonardo confessou o crime e delatou o amigo e a namorada. Ítalo admitiu apenas ter levado o carro de Núbia, sem saber do homicídio.

As defesas tentaram afastar as qualificadoras e contestaram as provas apresentadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. No entanto, o juiz considerou os elementos apresentados nos autos suficientes para os indícios de participação dos réus no caso. Ele ainda determinou a manutenção das prisões.

"A custódia provisória terá o condão de garantir a ordem pública, posto que imprescindível à manutenção da tranquilidade na comunidade local, chocada com tamanha crueldade do crime em questão", afirma o magistrado.

Lauany e Leonardo foram presos em setembro de 2017, em Franca, SP (Foto: Reprodução/EPTV)

 

Fonte G1

 




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