Diante da repercussão em torno da possibilidade de suspensão temporária dos atendimentos nas UTIs Neonatal e Pediátrica do Hospital Regional de Assis, o portal Abordagem Notícias reforça seu compromisso com a apuração responsável dos fatos e com a transparência no debate público. Nossas informações foram obtidas por meio de fontes seguras e devidamente apuradas, sempre com o interesse coletivo em primeiro lugar.

Segundo verificado por nossa equipe, na  noite de ontem, 04, famílias foram comunicadas sobre o encerramento temporário dos serviços das referidas UTIs, e leitos foram disponibilizados na Santa Casa de Assis, o que gerou apreensão entre familiares e profissionais da saúde. Nossa reportagem conversou com pessoas diretamente impactadas pela situação, as quais temem represálias. Nome dos pequenos pacientes chegaram a constar na lista CROSS - Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde, segundo relato de uma mãe.

Na manhã desta quinta-feira (5), após ampla circulação de informações, a Secretaria de Estado da Saúde divulgou nota oficial afirmando que “não houve e não haverá fechamento das UTIs”, classificando como inverídicas quaisquer informações sobre interrupções nos atendimentos.

Na tarde desta quinta, Abordagem Notícias foi ao hospital e ouviu outra mãe, abalada pela tensão vivida na noite anterior. Segundo ela, houve a informação de que seu filho, internado na UTI Pediátrica, seria transferido para outro local, sem que soubesse para onde.

“Foi desesperador”, relatou Silvana Oliveira.

Ainda nesta quinta, o coordenador da Coordenadoria de Serviços de Saúde do Estado, Aldemir Humberto Soares, esteve pessoalmente no hospital, onde se reuniu com a direção da unidade. Após o encontro, ele concedeu entrevista rápida ao Abordagem Notícias, na qual esclareceu os encaminhamentos adotados.

Abordagem Notícias: O que o senhor pode nos falar a respeito das UTIs Neonatal e Pediátrica, que estavam prestes a fechar?

Aldemir Soares: Que vai funcionar normal.

Abordagem Notícias: O que foi feito para que continuassem com o serviço?
Aldemir Soares: Nós ajustamos o convênio com o CEJAM para que assumisse as faltas que a gente tem de pessoal. Vai ser supridor tudo o que precisar.

Abordagem Notícias: E a questão dos médicos? O CEJAM também vai providenciar os pediatras, obstetras, pagamentos? E o serviço de gestação de alto risco continua?
Aldemir Soares: Continua. Não alterou nada no hospital. O que estava funcionando continua tudo normal. Tem um processo, um chamamento de OSS – Organização Social de Saúde, que aí o hospital vai ser ativado inteiro, em tudo que estiver faltando.

Abordagem Notícias: Como é que o senhor pode tranquilizar a população? Conversei há pouco com uma mãe que recebeu a notícia do encerramento das atividades das UTIs neonatal e infantil e ela se mostrou muito nervosa.
Aldemir Soares: Pode dizer que não vai parar, que o serviço está funcionando normal, sem problema.

Abordagem Notícias: A vinda do senhor aqui hoje tem a ver com isso?
Aldemir Soares: Viemos para garantir, dar uma olhada mesmo e confirmar.

Abordagem Notícias: Confirmar o quê? A continuidade do serviço?
Aldemir Soares: Isso.

Abordagem Notícias: O senhor, como coordenador, o que poderia dizer do Hospital Regional de Assis? Como está a situação física e o corpo clínico?
Aldemir Soares: Ele tem um quadro profissional bom, e a gente vai repor agora o que estiver faltando. E o prédio, a gente vai reformar, vai ver quando consegue encaixar isso.

O Abordagem Notícias permanece acompanhando o desdobramento dos fatos, ouvindo todos os lados envolvidos e atuando com responsabilidade e compromisso com a sociedade. Acreditamos que a informação clara, precisa e equilibrada é essencial para o fortalecimento da democracia e da cidadania.

Nosso lado é o da população, das famílias e dos profissionais da saúde que enfrentam diariamente os desafios do sistema público com dignidade e esperança.

Ao témino desta reportagem, soubemos da exoneração do diretor do HRA, Edmar Luís de Oliveira.