Nesta segunda-feira, 26 de maio, completa-se um ano da morte de Francisco Carlos Bernardo, de 71 anos, vítima de uma agressão que resultou em sua morte no Hospital Regional de Assis. Apesar do tempo decorrido, o autor do crime ainda não foi julgado, o que tem causado profunda revolta e dor entre os familiares, amigos e a comunidade.

Francisco foi violentamente agredido na noite de 22 de maio de 2024, na Rua Marcone, Vila Santa Rita, em Assis, local onde residia. Segundo boletim de ocorrência, ele foi atacado por D.B.P., jardineiro que prestava serviços para ele há anos. A agressão foi presenciada por vizinhos e, segundo relatos, aconteceu após uma discussão entre os dois.

A Polícia Militar encontrou Francisco caído, amparado por populares, com uma poça de sangue ao lado e sangramento pelo ouvido. Ele ainda estava consciente, porém confuso. Uma moradora afirmou ter visto o jardineiro desferir um soco em Francisco antes de fugir e, posteriormente, retornar à cena.

Após ser atendido na UPA de Assis, Francisco foi transferido ao Hospital Regional em estado grave. Dois dias depois, em 24 de maio, os médicos declararam morte cerebral e, às 0h30 do dia 26, o óbito foi oficialmente registrado. O laudo médico apontou que a lesão no crânio era compatível com agressão, descartando queda acidental.

“Não foi agressão, foi assassinato”, diz a filha

A filha de Francisco, Fernanda Bernardo, afirmou que a família continua em busca de justiça. “Hoje faz um ano que nosso pai se foi, e o autor desse crime ainda não foi julgado. É revoltante. Não foi uma simples agressão. Foi assassinato”, desabafa.

A indignação da família se intensificou desde a audiência de custódia que resultou na liberação do acusado. Para os filhos e demais familiares, o caso representa uma falha grave do sistema de justiça.

Francisco Carlos Bernardo deixou a esposa, Silvana Frutuoso, e quatro filhos: Fernanda Bernardo, Marcos Aurélio Bernardo, Ana Luiza Frutuoso Bernardo e Ana Carolina Frutuoso Bernardo. Ele também era avô de João Victor Bernardo Bueno e Maria Eduarda Land Bernardo. A dor da perda permanece viva entre os que o amavam, agravada pela sensação de impunidade.

Clamor por justiça

Neste marco de um ano do crime, a família segue mobilizada, buscando apoio e cobrando das autoridades uma resposta efetiva. Amigos e conhecidos de Francisco também manifestaram solidariedade e repúdio à demora no andamento do processo judicial.

“Nosso pai era um homem do bem, querido por todos. Tudo o que pedimos é justiça”, conclui Fernanda.