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POLÍCIA • 27/11/2022

Suspeita de mandar matar marido em Iepê é presa em Londrina

O fazendeiro sobreviveu a uma emboscada, mas foi morto por um PM no hospital.

Suspeita de mandar matar marido em Iepê é presa em Londrina

Foi presa em Londrina, no último dia 24 de novembro, Elisângela Silva Paião, de 47 anos. Ela era procurada pela polícia por ter encomendado a morte do próprio marido, o fazendeiro Airton Braz Paião, de 54 anos, em um crime registrado em 21 de setembro deste ano em Iepê, na região de Presidente Prudente, no oeste do estado de São Paulo.

Elisângela compareceu à delegacia da Polícia Civil de Londrina acompanhada de advogados, momento em que houve o cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça paulista. O Ministério Público de SP representou pela prisão.

Também foi cumprida a prisão preventiva de outro suspeito indiciado pela mesma situação. Um homem de 47 anos identificado como Fabrício Severino Gomes Merilis já estava preso temporariamente na Cadeia de Presidente Venceslau (SP) e será transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá (SP).

O inquérito policial foi finalizado e, tanto Elisângela, como o outro suspeito foram indiciados por tentativa de homicídio qualificado, o que levou a Justiça a decretar a prisão preventiva deles.

O caso

Em 21 de setembro deste ano, o fazendeiro Airton Braz Paião, de 54 anos, foi vítima de uma emboscada em um canavial, na cidade de Iepê, onde levou quatro tiros na cabeça e uma facada nas costas. Esse crime é a tentativa de homicídio qualificado pelo qual foram indiciados a então esposa dele, Elisângela Silva Paião, e o funcionário público Fabrício Severino Gomes Merilis.

“A Polícia Civil concluiu que Elisângela é autora do crime de tentativa de homicídio qualificado pela torpeza porque ela tinha domínio sobre o fato”, explicou o delegado, Carlos Henrique Bernardes Gasques, responsável pelas investigações

Três dias após a emboscada em Iepê, o fazendeiro foi assassinado a tiros por um policial militar dentro da Santa Casa de Misericórdia em Presidente Prudente (SP), onde se encontrava internado depois da tentativa de homicídio. Após assassinar o fazendeiro, o soldado Marcos Francisco do Nascimento, de 30 anos, cometeu suicídio, ainda dentro do hospital. 

Elisângela, por sua vez, não foi ao velório do marido, o que levantou suspeita dos policiais, que passaram a investigá-la. Gasques detalhou o que teria levado o fazendeiro a ir até o canavial onde ocorreu a tentativa de homicídio, em Iepê:

"O produtor rural estava mantendo contato, pelo WhatsApp, com uma moça chamada ‘Sara Maria’, mas a polícia já concluiu que essa conta era inexistente, e que essa conta o levou até as proximidades desse canavial. E, lá de dentro, saíram dois indivíduos, encapuzados, desferindo tiros em direção à vítima e uma facada em suas costas. Foi possível concluir esse raciocínio porque a vítima, embora tenha sido alvejada, estava em condições de falar e conseguiu apontar que eram dois indivíduos encapuzados que estavam em um determinado veículo”, disse o delegado.

“Nós conseguimos fazer essa identificação porque a vítima apontou o veículo supostamente envolvido, aí os investigadores da delegacia conseguiram fazer um trabalho de monitoramento de câmeras de toda a cidade, inclusive do canavial, e chegamos à conclusão que esse veículo era do policial militar”, explicou Gasques.

Ainda conforme o delegado, as investigações avançaram e indicaram que havia mais uma pessoa dentro do veículo no dia do crime no canavial, que seria o suspeito de 47 anos, preso desde o dia 26 de setembro.

“Circula na cidade a informação de que a esposa do produtor rural teria um romance com ele [policial militar Marcos Francisco do Nascimento], e ela confirmou para mim, informalmente, que tinha. Porém, o policial militar falou somente que era muito amigo dela e que sabia de coisas que incomodavam [o fazendeiro]. Ela falou também para mim que gostava muito desse policial e que pretendia se separar do seu marido, e aconteceu essa fatalidade”, pontuou o delegado.

Já os fatos ocorridos na Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente seguem sob investigação da Polícia Civil.

Fonte: 24h.com.br




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