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DOM CUMPIM
LOCAL • 14/08/2022

Dia dos Pais: Veja como a constelação familiar pode ajudar nos relacionamentos entre pais e filho

Especialista Patricia Ireno explica como a técnica auxilia.

Dia dos Pais: Veja como a constelação familiar pode ajudar nos relacionamentos entre pais e filho

(Patrícia Ireno, terapeuta assisense, especialista em Constelação Familiar, com vários anos de atuação)

No Dia dos Pais, muitos homens passam por reflexões sobre o significado da paternidade. Isso porque, segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-brasil), em 2021, foram registradas 163.895 crianças sem pai no país. Para ajudar na alienação ou ausência parental e também a solucionar conflitos entre pais e filhos, muitas famílias estão recorrendo às constelações familiares. “É uma prática diferente das terapias tradicionais, que ajuda a resolver conflitos, de ordem pessoal, profissional e até de saúde. O trabalho é realizado em uma única sessão e pode trazer qualidade de vida para a pessoa e para todo o sistema familiar”, explica Patrícia Ireno, especialista na área e que já ajudou centenas de pessoas com a técnica.

Em 2018, o Sistema Único de Saúde (SUS) incluiu a Constelação nas Práticas Integrativas e Complementares (PICS). Contudo, muitos ainda desconhecem a prática e os benefícios que essa abordagem alternativa gera nos relacionamentos familiares. Além da saúde pública, o poder judiciário também reconheceu a importância da Constelação Familiar, que vem sendo adotada para resolver conflitos em 16 estados do Brasil.

A prática, também conhecida como Constelação Sistêmica, foi criada pelo Alemão Bert Hellinger, em 1978, e é baseada nas Três Ordens do Amor: Hierarquia, Pertencimento e Equilíbrio.

De acordo com Patrícia Ireno, terapeuta assisense, especialista em constelação familiar, quando essas leis são desrespeitadas, a vida fica em desequilíbrio. A constelação pode ser realizada em grupo (workshop) ou individualmente. Quando em grupo, a reunião acontece entre o constelador, o paciente e pessoas que são convidadas a representar membros da sua família, de forma figurativa.

“Qualquer questão que tenha acontecido com os nossos antepassados, vai impactar toda a descendência dessa família, caso fique oculto. Recebemos muitos casos conflitantes de pais e filhos. O Brasil é um país sem pais. São sessões emocionantes. Há pessoas que chegam para sessão e dizem que não falam com o pai há anos. Uma semana depois, me ligam e contam que fizeram as pazes. Isso porque a pessoa entendeu e fez valer as ordens do amor. Através da dinâmica, ela equacionou algo dentro dela, em relação ao sistema familiar e só assim pode fazer as pazes com o pai”, esclarece Patrícia.

Uma das pacientes da terapeuta, que prefere o anonimato, procurou a constelação familiar, porque não aceitava a sua escolha para o pai de sua filha. “Na representação, eu entendi que a medida que eu julgava a minha própria decisão, eu afastava a minha filha de mim e não somente do pai. Com a dinâmica, foi possível olhar para esse pai com mais amor e carinho e perceber que ele era o melhor pai que a minha filha poderia ter. Até que consegui harmonizar a relação entre eu, ele e minha filha”, comenta.

Ela conta, também, que foi provocada para olhar a relação com o seu próprio e como enxergava essa paternidade. “Foi um momento de despertar, não apenas da paternidade do pai da minha filha com ela, mas também do meu pai comigo. Foi uma experiência incrível, bem dolorosa, mas bem conduzida”, finaliza.

Segundo a consteladora Patrícia Ireno, os temas que mais aparecem na terapia alternativa são: desequilíbrio financeiro, carência afetiva, falta de um parceiro, desarmonia na família, dilemas na carreira, conflitos nos relacionamentos de casal. “Os resultados variam de pessoa para pessoa. A compreensão do descumprimento das ordens do amor acontece no evento. O tempo que a pessoa vai demandar para se submeter, respeitar e se alinhar as ordens do amor, vai depender de cada um. Há pessoas que resistem, outras que se rendem”, comenta.

 

Conheça as três leis da vida na Constelação Familiar:

 

1. Lei da ordem ou da hierarquia -- “Existe uma ordem de chegada e os mais velhos, que chegaram primeiro, possuem certos privilégios em relação aos mais novos. Porém, quem chega antes também tem mais responsabilidades com relação a quem veio depois. Por outro lado, quem vem depois deve respeito e honra a quem chegou antes”. Marcel explica que se há um conflito entre pai e mãe, por exemplo, o filho não pode entrar no meio para apaziguar ou defender um dos lados. Caso contrário, ele sai do lugar de filho e toma o partido por um dos pais. Dessa forma, ele estaria descumprindo a lei da ordem.

 

2. Lei do pertencimento: “Ninguém pode ser excluído do sistema familiar. Um exemplo de exclusão seria uma mãe que sofreu um aborto e depois teve um filho. Esse filho não é o primogênito. O filho que foi gerado primeiro e morreu é o primonênito. Isso não pode ficar oculto ou passar despercebido. Caso contrário, essa família estaria excluindo a primeira criança e consequentemente desrespeitando a lei do pertencimento, ensina o constelador.

 

3. Lei do equilíbrio: “Fala sobre a troca, o ato de dar e receber. Para as nossas relações funcionarem, nós devemos manter o equilíbrio entre dar e receber. Por exemplo: já existe um desequilíbrio natural pois os pais dão a vida a seus filhos e isso não tem preço, sendo assim os filhos já nascem em débito nesse equilíbrio, contudo isso pode prejudicar ainda mais a relação quando os filhos atuam com superioridade a seus pais ao invés de retribuirem de forma carinhosa a vida que lhes foi dado e ocupando de forma errada seu lugar na hierarquia"acrescenta o especialista.

 

Quer constelar?

Se você se interessou pela Constelação Familiar e tem algum entrave, de qualquer ordem, pode entrar em contato com Patricia Ireno e marcar um horário, através do número (18) 99646-4078.

As constelações são realizadas no Instituto Florescer, feitas individualmente, ou em grupo.

 

Redação Abordagem




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