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LOCAL • 14/08/2022

A luta e a fé para ser pai venceram o diagnóstico de infertilidade

Hoje, Jean e Valéria têm o pequeno Lorenzo, um grande milagre.

A luta e a fé para ser pai venceram o diagnóstico de infertilidade

Ser pai, um sonho acalentado pela grande maioria dos homens, mas que para alguns pode ser bem difícil de realizar, diante o diagnóstico de infertilidade. Para o homem, descobrir que é infértil pode ser uma experiência arrasadora e solitária.

Dados da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, divulgados pela Sociedade Brasileira de Urologia, apontam que um casal é considerado infértil se, após um ano de tentativas sem o uso de nenhum método anticoncepcional, não consegue engravidar. É esse o caso do fotógrafo assisense Jean Carlos Galvão, de 40 anos, que depois de três anos de casamento com Valéria dos reis Galvão, de 34, não conseguia ter um filho, algo que felizmente foi revertido após muita determinação, luta e fé. Hoje, a família tem o integrante Lorenzo dos Reis Galvão, de dois anos de vida.

O drama do casal teve início em 2014, quando Jean procurou um urologista, pois existia a dificuldade em ser pai. Depois de algumas consultas e exames, realizados no AME de Assis, veio o diagnóstico que poderia desmoronar o sonho de exercer a paternidade. Os resultados apontavam que Jean não tinha espermatozoides e que o tratamento se encerrava naquele instante.

“Confesso que não processei direito o que o médico me falou, minha mente não estava atenta àquelas palavras, mas me mantive firme na frente dele sem expressar nenhum tipo de sentimento. Fora do consultório, me encostei ao muro e parecia que eu não pisava no chão, que estava flutuando. Voltei imediatamente ao AME e falei com a assistente social, que reiterou que o tratamento estava encerrado, pois o ambulatório não dispunha de especialidade em fertilidade”, expõe Jean.

Com a insistência dele, a assistente social garantiu que pesquisaria, através de Marília, e retornaria em breve, o que aconteceu em 15 dias, quando Jean recebeu uma ligação informando que havia surgido uma vaga para o tratamento, no Hospital das Clínicas de São Paulo.

“Naquele momento, senti que eu não estava sozinho nisso, pois era um sinal de uma providência divina. No dia da consulta, viajei para São Paulo, cheio de esperança e com o coração mais leve, pois acreditava demais naquela oportunidade. Eu e minha esposa entramos na sala do médico, doutor Giovane, que perguntou por quanto tempo esperava pela vaga, e quando contei que durou pouco mais de um mês, ele ficou perplexo, pois a fila de espera para mulheres é de quase oito anos, e cinco para homens, pois o hospital recebe pacientes de todo o país. Então ele olhou os exames feitos em Assis e me disse que eu poderia ficar tranquilo quanto à esterilidade, pois eu não era, já que conseguia produzir, mas que iria iniciar uma investigação para descobrir quaisquer motivos que poderiam ser um impedimento para a gravidez da minha esposa. Depois de vários ultrassons, ressonância, e dezenas de exames laboratoriais foi constatada varicocele em um grau já avançado”, relata.

A cirurgia foi realizada em agosto de 2017. Depois de quatro meses foi feito o exame de espermograma, quando foi identificado que a cirurgia trouxe várias melhorias, porém não era suficiente para o filho vir de forma natural, ocasião em que o casal iniciou um programa do hospital, que é o tratamento de fertilidade.

Segundo relata Jean, foi um período muito difícil, de idas e vindas, de medicações com  hormônios, baterias de exames mais complexos, dentre os quais, de investigação genética. Nesse período, Valéria desenvolveu tireoide e anemia e o tratamento travou mais ou menos nove meses.

“Entramos 2019 e não tínhamos respostas de nada, muitas dúvidas surgiam, as viagens exaustivas e as voltas eram terríveis, pois as respostas não voltavam conosco e tínhamos muitas dúvidas. Mas uma voz lá no fundo me dizia para que tentássemos mais um pouco e que a vitória vem para aquele que crê e não desiste de Cristo. O tratamento seguiu e depois de mais alguns espermogramas realizados e nenhum resultado satisfatório para a transferência, foi definido que eu passaria por uma pulsão, ou seja, retirar o espermatozoide no centro cirúrgico, e a angústia só aumentava, mas a voz insistia comigo ‘te tomo pela mão direita e te digo não temas, pois eu te ajudo Isaías 41:13’. Então eu recebia um ânimo novo e se enchia de coragem! O meu limite já havia se esgotado, mas eu estava sendo carregado por Deus. Foi marcada a cirurgia para retirar o espermatozoide, no mesmo dia que a anestesista me liberou, também foi marcada a retirada dos óvulos da minha esposa para a fertilização. Mas o impossível ainda estava para acontecer (o meu milagre) eu estava na sala com três médicos, passando pela última consulta antes de ir para o centro cirúrgico, quando um quarto médico entrou na sala e perguntou aos colegas há quando foi feito o último exame de espermograma , ao que foi respondido que há oito meses”, descreve Jean.

Contrariando os outros profissionais, esse médico teria insistido que deveria ser colhido outro material, e assim foi feito.

“A moça do laboratório veio com a resposta de que o exame era satisfatório e me disse pela primeira vez que iria congelar o meu espermatozoide. Aquilo era a afirmação que o meu exame tinha sido satisfatório, mas a minha ficha não tinha caído e eu não entendi naquele momento no mesmo dia se confirmou os óculos maduros da minha esposa então marcou a coleta dela para dois dias seguintes, para minha surpresa ao retornarmos par o hospital, pois minha esposa iria passar pela coleta o doutor, me pediu que eu colhesse um novo exame e obedeci. Para a minha surpresa a moça me disse. ‘Senhor Jean, este está melhor que o anterior, então iremos usá-lo e manter o outro congelado. Então coletaram os óvulos da minha esposa e juntaram com o espermatozoide e depois de cinco dias retornamos para a transferência do material. Com 15 dias da transferência, voltamos para São Paulo, somente para ouvir da boca da médica que minha esposa estava grávida, um sentimento inexplicável, difícil de compreender, mas com a certeza de que nunca estávamos sós, o Senhor cuidou de cada detalhe e concedeu esse privilégio a nós, e no dia 24 de maio de 2020, veio ao mundo um menino lindo saudável, chamado Lorenzo, que mudou as nossas vidas por completo. Na hora em que ele saiu do centro cirúrgico eu o consagrei a Deus. ‘Senhor, este é o Lorenzo, hoje eu o consagro a Ti, guarda a vida dele por onde quer que ele esteja faça dele um instrumento seu para a tua gloria, pois ele é a herança que o Senhor me deu e eu vou cuidar dele para Ti... Com essas palavras eu dei o primeiro banho nele e sabia que dali para frente não era mais nós, e sim ele”, relata emocionado.

 

“Nunca deixe que digam que você não é capaz, você pode tudo se acreditar e se mexer pra tornar seus sonhos reais. Eu não permiti que uma pessoa, que por mais que estivesse no exercício da sua profissão, proferisse uma palavra que me privaria de viver os meus sonhos, Eu não me deixei levar pelo desânimo, nem pela dúvida, e muito menos pela oportunidade de tentar. E eu faria tudo do mesmo jeito, porque o que me move são a fé e a vontade de realizar. Um feliz Dia dos Pais a todos os papais que vivem para seus filhos, pois eles não são seus, sim herança do Senhor, para você amar, cuidar e ensinar, pois um dia o Senhor pedirá conta daquilo que é Dele.”, finaliza.

 

Redação Abordagem

Fotos cedidas por Jean Galvão




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