Na manhã desta segunda-feira, 18, uma manifestação em frente à Diretoria de Ensino de Assis, localizada na Rua Padre Gusmões, 828, no bairro Santa Cecília, marca a insatisfação dos funcionários da Educação do Estado de São Paulo com o governo João Dória e seu secretário da pasta, Rossieli Soares.

O ato de paralisação ocorre em todo o estado, objetivando que o governo tome providências em relação ao que os servidores consideram descaso com os funcionários do Quadro de Apoio Escolar e Quadro de Servidores da Educação, que têm sofrido pressão por parte do governador e do secretário para apoiar a PL 26/21.

Referida PL, segundo apontam os manifestantes, retira direitos de todos os funcionários públicos e, juntamente com ela, o novo plano de carreira do QAE e QSE.

Segundo os servidores, ao mesmo tempo, o governo do estado declarou o retorno 100% presencial obrigatório às aulas, para esta segunda-feira, quando ainda as escolas seguem sem a garantia de condições sanitárias mínimas, com indicação também de paralisação das terceirizadas da limpeza que estão com salários atrasados. “Um ataque contínuo contra toda comunidade escolar, com Doria e Rossieli lavando as mãos e descarregando toda a responsabilidade nos trabalhadores da educação e em toda população”.

“A alegação é que precisar aprovar a PL para que possam nos reconhecer como educadores e, somente assim, nos incluir no bônus pago pelo novo Fundeb aos educadores. Sempre nos disseram que éramos essenciais na escola e na educação, mas agora não somos nada. Já fomos chamados de Juquinhas pelo senhor Secretário da educação, e estamos há quase 10 anos sem reposição justa salarial acumulando perdas em torno de 40%” relata Angelina dos Santos Oliveira, agente de organização escolar desde 2012.

A funcionária conta que anterior a este serviço, já trabalhou em 2008/2009 no cargo de agente de serviço escolar e, desde aquela época, a categoria já sofre com o descaso com a profissão.

“Provavelmente caminharemos para uma greve a partir do dia 03 de novembro de 2021, se nada for feito. Assim como tantos colegas, sou uma funcionária indignada e humilhada por este governo e anteriores que não nos respeitaram”, finaliza.

Já a funcionária Valdireni Vieira Santos destaca "Vale ressaltar que na sexta-feira, 15, dia do Professor, o governador anunciou um abono para o magistério, que poderá chegar a R$16. 250,00 considerando a carga horária e critérios estabelecidos, deixando de fora os funcionários do QAE /QSE".

Carta enviada:

À
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo

Nós Funcionários da Educação do Estado de São Paulo, classe QAE/QSE, vimos a Vossa Senhoria apresentar a pauta de reivindicações que segue abaixo:

- Reajuste Salarial anual de acordo com índice de inflação;
- Evolução Funcional;
- Cancelamento da PL 26/2021;
- Abono na mesma proporção que será pago aos Professores e Gestores;
- Aumento do VA conforme inflação anual;
- QAE/QSE de escolas PEI com aumento salarial de 70% igual a professores;
- Efetivação dos contratados.
- Volta da incorporação dos décimos do 133 de GOE;
- Revisão de valor do ALE;
- Direito ao Acúmulo.

 

Abordagem

Fotos divulgação