Abordagem Notícias
DOM CUMPIM
LOCAL • 19/05/2021

Presidente do Sincopetro de Assis fala sobre a alta dos combustíveis

A Petrobras volta a subir preços em um momento crítico de pandemia.

Presidente do Sincopetro de Assis fala sobre a alta dos combustíveis

Os primeiros quinze dias de maio já indicaram mais um período de alta no preço médio da gasolina no Brasil. Desde maio de 2020, o litro do combustível fica mais caro mês a mês, e, assim como em várias partes do país, está cada vez mais caro abastecer os veículos nos postos de  Assis, que inclusive apresentam muita variação nos preços na gasolina, etanol e diesel. As constantes altas (pelo menos cinco nesse ano), anunciadas pela Petrobras preocupam consumidores e afetam setores da economia.

O presidente do Sincopetro - Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, de Assis,  Antônio Francisco Di Nardo Stella, sócio proprietário da Rede Stella & Almeida falou com a reportagem sobre o tema.

 

A Petrobras volta a subir preços do etanol, diesel e da gasolina em um momento crítico de pandemia. O que justifica isso e como frear essas altas?

A política de preços dos combustíveis para o mercado interno é paridade com os preços do barril de petróleo e a variação cambial interna através do dólar. Essas duas variáveis levam os preços internos da gasolina e do diesel sofram altas e baixas quase que diariamente!
Já o etanol, nosso país sofre com as vantagens que o mercado externo oferece, porque no momento  em que o consumo internacional de etanol anidro e o de açúcar estão mais favoráveis que o mercado interno (como costumamos dizer), vira-se a chave para a exportação, causando menos oferta e estoques baixos, consequentemente os preços aumentam nas usinas.

Como entender a diferença de valores entre um e outro posto de combustível de Assis? Seria tão somente a bandeira?

Interessante essa pergunta, essas variantes de preços tem por trás vários aspectos, que são: Qualidade de produtos, exportação/Importação, marca, custos variáveis dos postos, estoques, momento dos ajustes da Petrobras e usinas.

Qual a porcentagem de aumento para o consumidor final, na gasolina, etanol e diesel?

O mercado de combustíveis no Brasil como disse anteriormente trabalha com as variáveis dólar e barril de petróleo, portanto eventuais baixas e aumentos estão totalmente atreladas a elas.

Como o consumidor pode denunciar abusos nos preços?

As denúncias com relação a abusos de preços, qualidades dos combustíveis,   metrologia, devem ser formuladas através do Procon, ou dependendo do caso, à ANP (Agência Nacional de Petróleo), e o telefone de ambos os órgãos estão expressos em placa de comunicação nos próprios postos de abastecimentos.

Existe uma tabela a ser seguida pelos postos, ou há liberdade de preços?

Absolutamente, pois no Brasil há total liberdade de preços nesse segmento, existe apenas e tão somente a lei da oferta e procura, digo isso obviamente na comercialização do varejos (postos) que estamos tratando aqui.

O que justifica um desnivelamento de valores entre municípios e estados tão próximos?

Nos municípios, como já disse anteriormente, a livre concorrência do mercado, pois os postos propriamente ditos têm seus custos e suas planilhas para formarem preços autonomamente, cada posto forma o seu preço de venda com base nos seus custos. Já no tocante aos estados, existe a problemática no ICMS, pois estados são autônomos também para decidirem o quanto deve incidir deste imposto sobre os combustíveis, e, por se tratar de um país intercontinental, existem diferenças absurdas de ICMS entre os mesmos. Isso nos leva muitas vezes a ter estados vizinhos com uma diferença absurda no preço do óleo diesel e gasolinas por exemplo.
Já com relação ao etanol, além no problema do ICMS que o encarece muito, existe ainda o frete do produto, que em muitos faz um verdadeiro passeio, pois em muitas vezes o produto sai daqui de Tarumã, vai para Ourinhos e depois volta para Assis. A logística é burocrática mesmo.

O Fecombustíveis pede redução na mistura de etanol anidro à gasolina para 18%. Como o Sincopetro vê essa decisão?

Na verdade esta  iniciativa partiu do nosso sindicato - Sincopetro - do   Estado de São Paulo, seguindo posteriormente na mesma direção a federação, porém foi uma  iniciativa nossa, diga-se de passagem, o nosso sindicato é o maior e mais atuante do país.

Sucessivas altas nos preços levaram caminhoneiros a pressionar o governo Bolsonaro, que tenta resolver reduzindo a arrecadação dos estados com ICMS. Qual é a sua avaliação como presidente do Sincopetro?

Infelizmente governo é engessado na questão da cobrança do ICMS por conta da autonomia dos estados, por mais que o governo federal tente mecanismos de redução de preços, sempre vai esbarrar na questão do ICMS, o que só poderia ser resolvida através de uma reforma tributária.

O consumidor deve esperar novas altas, estabilização, ou queda nos preços daqui para o final do ano?

Como já disse as variações dos dois fatores citados, cambial através do dólar e o preço do barril de petróleo, não existe a menor possibilidade de sermos  assertivos em qualquer tipo de afirmação neste sentido.

 

Redação Abordagem




lena pilates
Pharmacia Antiga