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CULTURA • 28/10/2020

Paraguaçuense tem livro como finalista do 62° Prêmio Jabuti

Bruno Campos Janegitz é um dos autores do livro 'Potenciometria: aspectos teóricos e práticos'

Paraguaçuense tem livro como finalista do 62° Prêmio Jabuti

O paraguaçuense Bruno Campos Janegitz está com o seu livro "Potenciometria: aspectos teóricos e práticos" concorrendo ao Prêmio Jabuti, que é o mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). 

Criado em 1959, o Prêmio Jabuti foi idealizado com o interesse de premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacam a cada ano. O prêmio contempla várias categorias como crônica, história em quadrinhos, ciências, romance, entre outros.

O livro "Potenciometria: aspectos teóricos e práticos" dos autores Orlando Fatibello-Filho, Tiago Almeida Silva, Fernando Cruz de Moraes e Bruno Campos Janegitz, da editora EdUFSCar - Editora da Universidade Federal de São Carlos, está entre os 5 finalistas do prêmio sob o eixo Ensaios, na categoria Ciências na 62° edição.

Os vencedores de cada uma das 20 categorias e o ganhador do Livro do Ano serão anunciados em cerimônia de premiação online, que será transmitida ao vivo nas redes sociais da CBL, no dia 26 de novembro de 2020.

Referência no mundo dos prêmios literários do país, e o de maior destaque na América Latina, o Prêmio Jabuti é um ativo cultural da sociedade brasileira.

Realizado há seis décadas,  ele busca inovar, compreender e estar sintonizado com os leitores, razão de ser de todo o empenho do autor e daqueles que se dedicam a trabalhar pelo livro.

Na 62ª edição, o prêmio procura se tornar mais racional e identificado com os acontecimentos do seu tempo.

 

HISTÓRIA

A história do Prêmio Jabuti começa por volta de 1958, em um período repleto de desafios para o mercado editorial, com recursos escassos e baixa articulação do segmento. Apesar das adversidades, não faltava entusiasmo aos dirigentes da Câmara Brasileira do Livro. As discussões foram comandadas pelo então presidente da entidade, Edgar Cavalheiro, e pelo secretário Mário da Silva Brito – intelectuais e estudiosos da literatura brasileira – além de outros membros da diretoria do biênio 1955-1957 interessados em premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano.

Essas discussões em torno de uma “láurea” ou “galardão”, como se dizia na época, ganharam forma na diretoria seguinte, de 1957-1959, presidida por Diaulas Riedel, a quem coube a confirmação da escolha da figura do jabuti para nomear o prêmio e a realização de concurso para a confecção da estatueta, vencido pelo escultor Bernardo Cid de Souza Pinto. A primeira premiação ocorreu também na gestão do presidente Diaulas Riedel. No final do ano de 1959, em solenidade simples e despretensiosa realizada no auditório da antiga sede da CBL, na Avenida Ipiranga, foi feita a entrega do 1º Prêmio Jabuti. Foram laureados autores como Jorge Amado, na categoria Romance, pela obra “Gabriela, Cravo e Canela”. A Saraiva ganhou o prêmio de Editora do Ano.

O maior diferencial em relação a outros prêmios é a sua abrangência: além de valorizar escritores, o prêmio destaca a qualidade do trabalho de todas as áreas envolvidas na criação e produção de um livro. Anualmente, editoras dos mais diversos segmentos e escritores independentes de todo o Brasil inscrevem suas obras em busca da tão cobiçada estatueta e do reconhecimento que ela proporciona. Receber o Jabuti é um desejo acalentado por todos aqueles que têm o livro como seu ideal de vida.


 
Nome
 

Por que “jabuti” para nomear um prêmio do livro? A resposta tem explicação no ambiente cultural e político da época, influenciado, sobretudo, pelo modernismo e nacionalismo, pela valorização da cultura popular brasileira, nas raízes indígenas e africanas, nas suas figuras míticas, símbolos seculares carregados de sabedoria e experiência de vida e legados de uma geração à outra. Sílvio Romero, Mário de Andrade, Monteiro Lobato e Luís da Câmara Cascudo, entre o final do século XIX e o início do século XX, foram pioneiros na pesquisa, no estudo e na divulgação dessa rica cultura popular.

E foi Monteiro Lobato, provavelmente, o mais prolífico na recriação literária das histórias desses personagens meio enigmáticos, meio reveladores e sempre sedutores do folclore nacional. Um desses personagens da literatura infantil de Lobato é, como se sabe, o jabuti. O pequeno quelônio, já familiar no imaginário das culturas indígenas tupi, ganhou vida e personalidade nas fabulações do autor das “Reinações de Narizinho”, como uma tartaruga vagarosa, mas obstinada e esperta, cheia de tenacidade para vencer obstáculos, para enganar concorrentes mais bem-dotados e chegar à frente ao fim da jornada. Com essas credenciais, ganhou também a simpatia e a preferência dos dirigentes da CBL. Eles o elegeram para inspirar e patrocinar um prêmio para homenagear e promover o livro.
 


Jabuti repaginado
 

Ao longo dos seus 62 anos, o Jabuti passou por transformações. No início, a cerimônia de entrega do prêmio era feita na antiga sede da entidade, na Avenida Ipiranga. Depois, passou a ser realizada durante as bienais do livro. Mas, o Jabuti ganhou vida própria e os diretores da CBL sentiram a necessidade de criar um evento proporcional à credibilidade do prêmio junto ao mercado editorial e à própria sociedade. Em 2004, ocorreu a primeira grande cerimônia de entrega das estatuetas, realizada no Memorial da América Latina, local onde aconteceu também a entrega do Prêmio Jabuti em 2005. Logo após, a grande festa do livro do Brasil ganhou um dos espaços mais nobres da capital paulista - a Sala São Paulo. De 2014 a 2019, o evento foi realizado no Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer, em São Paulo.

No Regimento Interno do prêmio, criado em 1959, constavam apenas sete categorias: Literatura, Capa, Ilustração, Editor do Ano, Gráfico do Ano, Livreiro do Ano e Personalidade Literária. Em época mais recente, começaram a ser contempladas todas as esferas envolvidas na criação e produção de um livro, passando pela Adaptação, Ilustração, Capa, Projeto Gráfico e Tradução, além das categorias tradicionais como Romance, Contos, Crônicas, Poesia, Infantil, Juvenil, Reportagem e Biografia.

Uma iniciativa que trouxe mais encanto foi a criação das categorias Livro do Ano de Ficção, em 1991, e Livro do Ano de Não Ficção, em 1993. Revelados somente na noite da entrega das estatuetas, estes prêmios são o ponto alto do evento, em um momento de grande expectativa por todos os profissionais do mercado editorial.

Em 2015, o prêmio inovou com a inclusão da categoria Infantil Digital que abrangeu conteúdos para o público infantil combinados a elementos multimídia interativos. Nesse mesmo ano, foi criado o projeto “Jabuti entre Autores e Leitores” com o objetivo de promover encontros com os ganhadores do prêmio em bibliotecas, livrarias, universidades e eventos literários nacionais.

A partir de 2017, o Prêmio Jabuti passou a contemplar duas novas categorias: Histórias em Quadrinhos e Livro Brasileiro Publicado no Exterior. Esta última, conta com o apoio do Brazilian Publishers, projeto setorial de fomento às exportações de conteúdo editorial brasileiro resultado da parceria firmada entre a CBL e a Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Por sua abrangência, o Jabuti é considerado o maior e mais completo prêmio do livro no Brasil.
 


O novo Prêmio Jabuti
 

Em 2018, o Prêmio Jabuti completou 60 anos e foi completamente repaginado, com objetivo de se aproximar mais do leitor e de se tornar mais competitivo entre autores e editores, fortalecendo ainda mais seu posto como o mais almejado prêmio literário do País. Para manter esse papel em destaque, mais uma vez, a inovação se fez presente com a adoção de medidas para acolher os autores independentes, aprimorar a gestão da estrutura do prêmio e aperfeiçoar os critérios de análise das obras.

As categorias do Prêmio Jabuti foram reorganizadas em quatro eixos: Literatura, Ensaios, Livro e Inovação. A mudança serviu para racionalizar e qualificar as áreas do conhecimento e para que o prêmio seja ainda mais abrangente. Para prestigiar ainda mais os vencedores, o Jabuti passou a ter somente um ganhador por categoria. A premiação mudou para que a revelação dos ganhadores de cada categoria e do Livro do Ano passasse a ocorrer apenas na cerimônia de premiação. E, ainda neste ano, foi lançada a categoria Formação de Novos Leitores para reconhecer iniciativas de estímulo à leitura.

De todas as transformações e melhorias realizadas ao longo de sua existência, o legado evidente do Jabuti é sua capacidade de atualização e transparência, características marcantes de seu regulamento e reconhecidas por todos que produzem informação, conhecimento e arte no Brasil.

A partir 2019, a curadoria foi assumida por um novo conselho curador, responsável por adequações nas categorias Literatura, Ensaio e Livro, retomou a divulgação em duas etapas dos 10 e cinco finalistas, além de criar o “Esquenta Jabuti”,  evento que precede a cerimônia de premiação e conta com a presença da Personalidade Literária homenageada na edição. Este mesmo conselho curador é responsável pelas inovações do 62º Prêmio Jabuti.




 

Assessoria

Fonte: https://www.premiojabuti.com.br/




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