Abordagem Notícias
DOM CUMPIM
POLÍCIA • 10/10/2020

Integrantes do PCC sequestram e tentam executar suposto abusador sexual, em motel de Assis

Tanto os criminosos, quanto o sequestrado, residem em Assis. Os primeiros deixaram a prisão há pouco

Integrantes do PCC sequestram e tentam executar suposto abusador sexual, em motel de Assis

Por volta da 0h30 de hoje, 10 de outubro, três homens se hospedaram no Patropi Motel, localizado na Rodovia Manilio Gobbi, em Assis. Dois deles foram identificados como integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), e o terceiro teria supostamente cometido abuso sexual contra um adolescente, e receberia a pena determinada pelo que chamam tribunal do crime.

A execução só não ocorreu porque a polícia interveio. Contudo, o homem que seria vítima dos outros dois chegou a ser agredido fisicamente.

De acordo com o dono do motel, Adilson Fernandes, ninguém havia percebido a gravidade do caso. Para os atendentes do estabelecimento, os três homens apenas se divertiriam juntos no quarto. Contudo, uma viatura chegou ao local e esclareceu que ali estava ocorrendo um crime, e ele acreditou que fosse referente ao uso, ou tráfico de drogas. 

Em contato com o delegado Marcel Armstrong Nunes, Abordagem Notícias recebeu a informação de que os três homens residem em Assis. Um deles confessou à polícia, informalmente, que pertence ao PCC. O outro teria negado, mas evidências apontam que sim.

Conforme o delegado, outros indivíduos participaram do “tribunal do crime”, chegando ao numero de 10, que não estavam no motel, mas em outro local para onde o “réu” foi levado anteriormente. “Pelo que pudemos apurar até o momento, eles seriam, sim, simpatizantes e integrantes da facção”.

Ainda segundo o delegado, um dos homens confessou pertencer ao PCC, o outro negou, mas deu versões bem desconexas, não sabendo sequer justificar o porquê estava no motel. “Ele disse que foi descansar no motel com os outros dois homens, o que não convence, e não faz qualquer sentido”.

Os três homens residem em Assis. Os dois agressores saíram há pouco tempo do sistema penitenciário, sendo que um deles (do PCC), fazia apenas dois meses que estava em liberdade. O outro cumpria prisão domiciliar.

Os dois foram autuados em flagrante por sequestro e cárcere privado, e lesão corporal. “Já são conhecidos nos meios policiais”, relata o delegado.

Sobre o porquê de o terceiro homem não ter sido preso, não há nada que comprove a participação dele em crime sexual, até porque não há nem mesmo queixa registrada contra ele, segundo o delegado.

“Não conseguimos identificar a vítima do suposto abuso, nem nada acusando o homem. A denúncia veio justamente através do pessoal que estava prestes a cometer um crime e que seria em virtude de uma punição em relação a um adolescente, até agora não identificado. Se tivesse algo sobre isso, obviamente a policia teria tomado providencias pelo crime de estupro de vulnerável, ou outra tipificação referente à questão de abuso sexual”, explica Armstrong.

De toda forma, o delegado pondera que nada justifica fazer “justiça com as próprias mãos, como os dois indiciados fizeram, através do sequestro e agressões, mesmo que não chegando ao objetivo da execução.

Toda a ocorrência prossegue sendo investigada pela Polícia Civil.

 

Redação Abordagem Notícias




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