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DOM CUMPIM
LOCAL • 18/02/2020

Exames laboratorial e clínico confirmam morte de professora por dengue em Assis

Já são 50 casos positivos da doença em apenas dois meses de 2020.

Exames laboratorial e clínico confirmam morte de professora por dengue em Assis

A morte da professora Renata Terribile, 53 anos, ocorrida na sexta-feira, 14, causou consternação e indignação em milhares de pessoas, em Assis, tanto por ser uma pessoa bastante conhecida e querida na cidade, quanto pelos diagnósticos médicos errados. Diagnosticada com um quadro de sinusite, a professora veio a óbito por dengue, muito possivelmente, hemorrágica. No atestado de óbito consta insuficiência cardíaca, dengue e choque septico (infecção generalizada). 

Na segunda-feira, 10 de fevereiro, Renata foi até a UPA – Unidade de Pronto Atendimento, com febre, forte dor de cabeça; rosto, pescoço e peito com vermelhidão.  

Segundo relatam as duas filhas da professora, o primeiro médico que atendeu a mãe, prontamente indicou que ela estaria com um quadro de sinusite, prescrevendo antibiótico e analgésico.

Na quarta-feira, 12, a professora voltou à UPA, dessa vez, vomitando. Novamente o diagnóstico - agora por outro médico, apontou sinusite, e que o vômito seria por conta dos medicamentos ingeridos, prescrevendo outros, dentre os quais, um para diabetes, um para baixar a pressão. 

Finalmente, na quinta-feira, 13, com piora significativa, a mulher foi atendida na mesma unidade e encaminhada diretamente para a UTI da Santa Casa, às 21 horas, com pressão arterial significativamente baixa, a qual a equipe da UPA não conseguia estabilizar. O óbito ocorreu na tarde de sexta-feira, 14.

Procurado, ontem, pela reportagem, o secretário Municipal de Saúde de Assis, Adriano Romagnolli, disse que o exame feito na Santa Casa deu negativo para dengue. “Agora segue pro Instituto Adolf Lutz, para nova análise, com tempo de resposta de 30 dias”, explicou.

Quanto ao aspecto do Atendimento da paciente na UPA, o secretário garantiu que será feito uma investigação interna para relatar a conduta médica.

O mesmo disse a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Assis, Nilsa Leite, em relação ao resultado, pela Santa Casa. Ou seja, que foi enviada uma amostra de sangue ao Instituto Adolfo Lutz, e, como houve óbito, provavelmente a investigação não seria por Marília, sim por São Paulo.

Ocorre que na tarde de segunda-feira, 17, a filha mais velha de Renata pegou o resultado na Santa Casa. No laudo, sorologia positiva; ou seja, dengue confirmada. A amostra de sangue foi enviada para o Instituto na quinta-feira, 13, e retornou ontem, muito antes do prazo previsto.

De acordo com Nilsa, na primeira vez em que foi atendida na UPA a paciente não apresentava sintomas da dengue. “Alguns sintomas da dengue são bem parecidos com várias outras doenças. Num primeiro momento, infelizmente a doença não foi identificada”, lamenta.

A coordenadora acrescenta que, já no segundo atendimento, no dia 13, alguns sintomas se encaixavam. “Pelos exames clínicos, dava para pensar em dengue, mas os exames preliminares, feitos na Santa Casa de Assis, apresentaram resultados negativos”, informa.

Familiares e amigos querem justiça, pois acreditam que, se diagnosticada e tratada a tempo, Renata Terribile teria tido uma chance de vida.

 

Preocupação

 

Tanto o secretário de Saúde, quanto a coordenadora da Vigilância Epidemiológica mostram-se preocupados com o avanço da dengue no município de Assis.

Só nesses dois primeiros meses do ano, já são quase 50 casos confirmados. As pessoas contaminadas residem em diferentes bairros da cidade, sendo a maior incidência concentrada na Vila Cláudia e bairros vizinhos.

Com a morte da professora, que morava na rua Orozimbo Leão de Carvalho, Vila Santa Cecília. Foram feito trabalhos de bloqueio e nebulização nas quadras próximas à casa.

Agentes de vetores irão à escola onde Renata dava aulas para o mesmo procedimento.

Conforme informa Nilsa, a cidade toda vem recebendo atenção especial, contudo, a população precisa ter consciência que a dengue mata, e adotar medidas que evitem a proliferação do mosquito causador, eliminando criadouros.

 

 

Redação Abordagem Notícias

 

 

 




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