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UNOPAR/ANHANGUERA
GERAL • 17/09/2019

'Maior desmatador da Amazônia' comanda quadrilha de incendiários, diz MPF no Pará

Em 2015, empresário foi condenado a 54 anos e prisão, mas passou apenas seis meses na cadeia.

'Maior desmatador da Amazônia' comanda quadrilha de incendiários, diz MPF no Pará

Investigações do Ministério Público Federal no Pará indicam que uma quadrilha envolvendo grileiros, madeireiros e produtores rurais, que tinha sido desbaratada em 2015, voltou a atuar com força na região e teria sido responsável, entre outras ações, pelo “Dia do Fogo ” - série de queimadas criminosas realizadas num único fim de semana de agosto e que acabaram chamando a atenção do país para o que vinha acontecendo na Amazônia.

“O trabalho deles é feito por vários grupos de criminosos”, afirmou o procurador federal de Santarém, Paulo de Tarso Moreira Oliveira, segundo matéria da revista Globo Rural.

O empresário Ezequiel Castanha pé preso durante operação da Polícia Federal em 2014

“Tem gente encarregada de desmatar, outros de vender a madeira de lei, os incendiários, que se encarregam de queimar o que restou e semear o pasto. E depois entra outro grupo, encarregado de encontrar laranjas que emprestam seus CPFs para assumir esses crimes. Esses laranjas são transformados em posseiros, eles alugam seus nomes para a produção de documentação falsa, e até para assumir as multas do IBAMA. Dentro da quadrilha tem também o setor imobiliário, que se encarrega de oferecer essas áreas a preços irrisórios, principalmente no sul do país”, disse ele.

Em 2014, a quadrilha foi alvo da “ Operação Castanheira ”, ação conjunta da Polícia Federal, Ibama, Receita Federal e Ministério Público que resultou em quatro condenações, entre eles o líder do grupo, o empresário Ezequiel Antônio Castanha.

Na época, Castanha foi apontado como “o maior desmatador da Amazônia”. A somatória dos crimes atribuídos a ele foi de 54 anos, mas Castanha ficou apenas seis meses preso.

Segundo o promotor, após a condenação, o empresário, que é dono de uma rede de supermercados, foi processado mais três vezes pelo Ministério Público.

“Se a Polícia Civil do Pará e a Federal, que estão investigando há mais de 30 dias, não desvendarem os autores desse crime, nós do Ministério Público vamos entrar em ação”, afirmou Oliveira. “O desmatamento deixa muitos rastros e nós vamos segui-los”.

 

Fonte: Correio de Santa Maria

 




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