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SANTA CASA
POLÍCIA • 23/05/2018

Polícia Civil conclui Operação Damocles e representa por 54 prisões preventivas

Foi desarticulado forte esquema de tráfico chefiado e integrada por comandantes de facção na região.

Polícia Civil conclui Operação Damocles e representa por 54 prisões preventivas

A  Policia Civil encaminhou na manha de ontem, 21 de maio, ao Fórum de Presidente Epitacio/SP a conclusão do inquérito policial da Operação “DAMOCLES”, onde se desarticulou  uma  organização criminosa para o trafico ilícito de drogas, ligada a facção criminosa e liderada por detentos de penitenciarias da região, com efetiva atuação naquele  município.

 

O procedimento é composto por  44 volumes, cada qual com 200 paginas, com relatório final contendo 1.176 laudas, alicerçando um farto contexto probatório que fundamento a representação das medidas cautelares em face dos integrantes da organização.

 

Com a conclusão das investigações, a Delegacia de Policia de Pres. Epitácio/SP representou à Justiça pela decretação de 54 prisões preventivas de pessoas indiciadas nos autos como integrantes da associaçao criminosa, dentre elas, 52 a título de conversão das prisões temporárias decretadas nos autos e outras 02 em desfavor de investigados presos em flagrante quando da deflagração da operação.

Ao todo, 51 indiciados encontram-se presos provisoriamente (49 por prisão temporária e 02 por prisão em flagrante já convertidos em preventiva em autos apartados), restando apenas 03 foragidos.

Por intermédio do Deinter-08 de Presidente Prudente/SP, e com o apoio do Ministério Publico do Estado de São Paulo, a operação “DAMOCLES” foi deflagrada em 19/04/18, depois de mais de sete meses de investigações  ininterruptas a cargo do Serviço de Inteligência da Delegacia de Policia Sede de Presidente Epitácio/SP, onde cerca de 320 policiais civis distribuídos em 80 viaturas policiais participaram das diligencias, apoiados operacionalmente pelo helicóptero “Pelicano” do SAT da Policia Civil paulista.

Iniciada a partir de informações encontradas no smartphone de uma pessoa presa em flagrante por trafico ilícito de drogas em março do ano próximo passado, a operação “DAMOCLES” desarticulou uma  organização criminosa chefiada e integrada por “Comandantes”  de facção na região,  a maioria deles detentos, que lideravam  o grupo do interior de Penitenciarias se comunicando através de telefones celulares, com estrutura e seguimento próprio de criminalidade violenta organizada, voltada a obtenção de lucro com o trafico ilícito de drogas, e atuação efetiva na cidade de Presidente Epitácio/SP.

 

O que despertou a atenção dos policiais civis no inicio dos trabalhos foi a constatação de  vinculo, para fins de mercancia de drogas ilícitas, de alguns jovens frequentadores das baladas noturnas epitaciana, esbanjando padrão de vida incompatível com a falta de renda lícita suficiente para tanto,  com presidiários membros de facção criminosa, fato este corroborado com o aprofundamento das investigações pelo serviço de inteligência que evidenciou a existência do grupo criminoso em questao.

 

Chefiada e integrada por membros de facção criminosa,  hierarquicamente estruturada e ordenada com a imposição de rígidas regras disciplinares próprias a serem seguidas por todos os integrantes, inclusive, pelos associados não “batizados”, com destaque à cobrança de dívidas de drogas mediante violência física, a organização criminosa em questão demonstrou  altíssima periculosidade a coletividade em geral, principalmente, por sua atuação típica de milícia privada, representada pelo domínio de atuação territorial.

 

As investigações revelaram a demonstração de envolvimento da liderança da organização criminosa para garantir a exclusividade no  comercio de drogas ilícitas na cidade, a oferta de bairros na modalidade de “arrendamento” para a mercancia de drogas proscritas, e ainda, um perigoso esquema de serviço de “segurança privada” ofertado a coletividade, com nítido intuito de afastar a  presença do Poder Publico na localidade e a cooptação de novos simpatizantes do crime organizado, além de propiciar um ciclo vicioso retratado pela pratica de crimes patrimoniais pelos próprios inadimplentes da facção, como saída para quitar dividas provenientes do repasse de drogas destinadas a revenda.