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DOM CUMPIM
REGIÃO • 04/03/2018

Antiga Pau D'Alho: Nova usina de ibirarema apresenta diretor agrícola

A reunião foi realizada no Sindicato Rural de Palmital

Antiga Pau D'Alho: Nova usina de ibirarema apresenta diretor agrícola


Sócios da nova empresa apresentaram diretor agrícola em reunião com produtores no Sindicato Rural de Palmital e ressaltaram a gestão profissional e modelo de negócio com foco na qualidade, na sustentabilidade e na inovação

Avaliar a disponibilidade do fornecimento de matéria-prima, tanto pela implantação de novas lavouras quanto pela oferta da produção de áreas existentes, prestar informações aos agricultores e fechar parcerias para este ano e as próximas safras com oportunidades promissoras. Este foi o objetivo da reunião realizada no auditório do Sindicato Rural de Palmital, onde os sócios Sylvio Ribeiro do Valle Mello Junior e Dorival Finotti, que adquiriram a planta industrial da antiga Usina Pau D’Alho, fizeram a apresentação do diretor agrícola Aluizio Machado e esclareceram dúvidas dos agricultores sobre o modelo de negócio proposto que será focado em gestão profissional, na sustentabilidade e na inovação. 
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Sylvio abriu a reunião, com participação de produtores de Palmital, Ibirarema e representantes da Associação Rural dos Fornecedores e Plantadores de Cana da Média Sorocabana (Assocana), e explicou as questões jurídicas para aquisição da usina, que ainda estava em fase de conclusão, mas destacou que já é o momento de buscar parceiros para avaliar as estimativas de plantio de cana e garantir a matéria-prima para a nova empresa, que ainda terá o nome divulgado e deverá ser apresentada oficialmente em evento antes da entrada em operação, no primeiro semestre de 2019. O proprietário fez a apresentação do diretor agrícola Aluizio Machado, que é agrônomo com ampla experiência no setor e que será responsável pelo relacionamento com os agricultores. 
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DIRETOR – O diretor agrícola destacou a importância da parceria com os produtores e disse que há disponibilidade de financiamento bancário para o custeio dos canaviais e que pretende implantar um modelo de relacionamento justo que ofereça benefícios aos produtores parceiros da nova usina a partir de critérios de qualidade, produtividade e de cumprimento contratual. Aluizio destacou que, futuramente, a usina deverá estabelecer um sistema próprio de fomento para a implantação das lavouras. 
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Para a viabilização dos negócios da nova indústria, informou o diretor, a previsão e da necessidade de 10 mil hectares de canaviais que possam ser instalados ou reservados para a empresa a partir de meados deste ano, visando garantir o fornecimento da matéria-prima para 2019. Machado destacou que, no próximo ano, a área plantada para a usina terá de duplicar para atender a demanda projetada e que, de inicio, a preferência será pelas áreas de cultivo em raio de 40 quilômetros da fábrica. Segundo o diretor, será feita articulação junto aos produtores para otimização dos serviços de colheita e logística. A formatação dos contratos está sendo finalizada e, em breve, serão disponibilizados aos produtores. 
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Machado também disse que está à disposição para atender aos produtores rurais da região interessados em firmar parcerias e que, futuramente, serão apresentados o CEO (Executivo Chefe) e o diretor industrial da usina, ambos profissionais com grande experiência, competência e dedicação ao setor. O diretor e os sócios também esclareceram dúvidas e ampliaram o diálogo com os agricultores durante a reunião, garantindo a confiabilidade nos negócios e a seriedade do empreendimento, que terá modelo de negócio que atenda os interesses de todos os envolvidos.
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BANCO DO BRASIL CONFIRMA LINHA DE CRÉDITO
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Roberto Antônio de Oliveira Lima, gerente-geral da agência do Banco do Brasil de Ibirarema, fez breve pronunciamento para explicar que a instituição financeira é a principal fomentadora do agronegócio na região, com recursos disponíveis para o custeio da cana-de-açúcar e atendendo aos produtores que desejam aderir à proposta para investir em canaviais e se tornar parceiros da nova usina. O gerente também falou sobre as linhas de crédito disponibilizadas, citando também taxas de juros praticadas e prazos de carência de pagamento dos empréstimos, afirmando ainda que os interessados também podem procurar os financiamentos na agência de Palmital. 
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NOVA EMPRESA SEGUE POLÍTICA DE FOMENTO AOS BIOCOMBUSTÍVEIS, AFIRMOU SYLVIO
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Sylvio Ribeiro do Valle Mello Junior disse que o diferencial mais importante da nova usina é o trabalho voltado ao RenovaBio, um programa federal que estabelece estratégias para o desenvolvimento dos biocombustíveis na matriz brasileira, tanto para a segurança energética quanto para redução de emissões de gases causadores do efeito estufa. A iniciativa estabelece metas a serem cumpridas para redução de danos ao meio ambiente e oferece certificações que possibilitam mais rentabilidade à produção sustentável, incluindo a remuneração por meio de Crédito de Descarbonização por Biocombustíveis (CBIO), um ativo que poderá ser negociado em bolsa de valores. 
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De acordo com o sócio-proprietário, a usina já está sendo formatada de acordo com regras do RenovaBio para que possa receber as certificações e trabalhar com baixo nível de emissões de CO² e com ações voltadas à preservação dos recursos naturais. Ele destacou que a iniciativa, além de fomentar boas práticas na área industrial, também pode ser implantada pelos produtores rurais que serão mais valorizados com o ganho na qualidade da produção e nos créditos referentes à redução da poluição. Sylvio destacou ainda que o mercado de etanol tem boas perspectivas para os próximos anos e que, diante da notícia da retomada da produção da usina em Ibirarema, criou-se otimismo no mercado e boas expectativas para o setor na região. 
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Sylvio explicou que, além da preocupação ambiental, a empresa terá um projeto de crescimento e fortalecimento com foco na ampliação da geração de energia e de produção com investimentos em pesquisas e soluções para que haja incremento na produção, com novas práticas, tanto na agricultura quanto na indústria, e oportunidades diversas de produção de energia renovável. O proprietário, que vai compor o Conselho de Administração da nova empresa, disse que toda a gestão e operação será realizada por profissionais da área que integram um grupo parceiro do empreendimento, que tem capital internacional e atua a várias décadas no ramo. 


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USINA PERTENCE A “PESSOAS DA TERRA”, GARANTIU DORIVAL FINOTTI
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Dorival Finotti, que é palmitalense e fez a aquisição da planta industrial da massa falida da Usina Pau D’Alho junto com o irmão Dirceu Finotti e Sylvio Ribeiro, disse que a nova empresa está sendo criada com seriedade e deverá ser apresentada logo após a conclusão do processo judicial. “A nova usina pertence a pessoas da terra. E não está à venda ou será vendida ao capital estrangeiro”, garantiu ele, visando coibir especulações e o temor dos produtores com relação ao negócio. 
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De acordo com Finotti, a administração será feita por profissionais que terão a supervisão do conselho formado pelos proprietários, que cobrarão transparência para com os agricultores e à sociedade. “Vamos exigir que os fornecedores sejam tratados com respeito pela administração”, enfatizou ele, destacando a necessidade de quebrar um ciclo vicioso de anos anteriores, quando grupos empresariais de fora chegaram para atuar em empresas e causaram prejuízos a agricultores. “Não se ganha sozinho”, completou, ressaltando a importância do bom relacionamento com os agricultores, que também devem ter justa remuneração.
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Finotti disse ainda que o grupo parceiro na gestão da usina, que deverá fazer aporte de R$ 50 milhões para recuperar as instalações de produção de álcool e açúcar, também garantirá oportunidades de negócios para a comercialização da produção e, consequentemente, o crescimento dos negócios. O sócio afirmou ainda que os investidores aguardam a finalização do processo judicial para iniciar a recuperação da planta industrial, que deve retomar a atividades a partir de abril de 2019.

 

Redação e fotos - Jornal da Comarca




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