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REGIÃO • 13/06/2017

Hospital abre sindicância para investigar morte de bebê de Cândido Mota, sepultado em Palmital

A menina de três meses foi levada a Botucatu para uma cirurgia no olho direito.

Hospital abre sindicância para investigar morte de bebê de Cândido Mota, sepultado em Palmital

Hospital das Clínicas de Botucatu abriu uma sindicância para apurar se houve negligência médica na morte de uma bebê de 3 meses durante um procedimento cirúrgico realizado no sábado (10). Manuela Martins Nunes foi internada na sexta-feira (9) para tratar uma catarata congênita no olho direito. No entanto, durante a anestesia para o procedimento cirúrgico ela teria engasgado ao aspirar a própria alimentação. Por segurança, o procedimento só poderia ter sido feito com a paciente em jejum.

O pai, Edvaldo de Oliveira Nunes, conta que a bebê sofreu 8 paradas cardíacas e acabou não resistindo. A família diz que não havia dia e hora marcados para a cirurgia, por isso a criança estava sendo amamentada normalmente. A família também confirma que informou a equipe médica de que a bebê não estava em jejum, mas os médicos teriam dito que Manuela passaria apenas por exames, e não por cirurgia.

Em nota, a superintendência do Hospital das Clínicas informou que os médicos interromperam imediatamente o procedimento, quando perceberam que a criança estava aspirando a própria alimentação. A nota também diz que os profissionais encaminharam a criança para a UTI pediátrica na mesma hora, mas já em estado grave.

“Ela não ficou internada e foi direto para o centro cirúrgico. Ela estava sem jejum, sem nada. Ela havia mamado porque não sabíamos quando o procedimento seria realizado. Só ficamos aguardando o leito, o tempo todo. O anestesista saiu lá fora e perguntou como é que estava o jejum. A gente falou que ela mamou. E eles falaram que ela ia ficar com eles, para fazer alguns procedimentos e saiu de lá morta, praticamente, direto pra UTI”, afirma Edvaldo.

O pai ainda diz que conversou com o médico tempo depois do quadro da filha se agravar, e que o profissional teria alegado uma falha de comunicação entre a equipe. "Perguntei para o anestesista, na hora do nervoso, ele falou assim que houve falha na comunicação. Faltou comunicação, ele disse”, conta o pai.

Para a família, resta a difícil tarefa de aprender a lidar com a falta da filha.

"Estou sem palavras, tem nada o que dizer. O que eles fizeram, não tem valor de nada. Agora é só lembranças dela, que ela voltar, não volta mais, ela vai está sempre no coração", lamenta a mãe Janaina Martins Rodrigues Mota.

Ainda segundo a nota emitida pelo Hospital das Clínicas de Botucatu, a bebê recebeu toda a assistência que o quadro exigia. O hospital ainda lamentou o ocorrido e diz que vai tomar medidas imediatas para apurar e esclarecer o que aconteceu durante a cirurgia. O corpo foi enterrado na manhã de segunda-feira (12) em Palmital.

Pais dizem que avisaram que a bebê não estava de jejum (Foto: Reprodução/ TV TEM )

 

G-1 Notícias.

 




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