A cidade de Assis, assim como outros municípios do Estado de São Paulo, foi atingida por fortes ventanias que derrubaram árvores e prejudicaram o fornecimento de água em diversos pontos.

Durante a 32ª sessão legislativa, o tema voltou a ser debatido em plenário. Em tom de alerta, o vereador Timba (PRD) utilizou a tribuna e encenou o gesto de encher um copo de água, segurando uma garrafinha vazia.

“É uma brincadeira, mas é muito séria a situação que Assis vem vivendo com relação à água da superfície. Passei doze anos nesta Casa discutindo o tema e nesse período não houve a recuperação de nossas nascentes, principalmente das mais importantes”, destacou.

No Requerimento nº 534/2025, o parlamentar questiona a prefeitura sobre medidas voltadas ao combate do assoreamento e à recuperação da principal fonte de abastecimento da cidade, a Água do Cervinho. Entre os pontos levantados, pede informações sobre a existência de projetos específicos e os prazos previstos para início das obras.

Segundo o legislador, o município pode enfrentar racionamento caso não ocorra um volume significativo de chuvas. Ele ainda fez críticas à antiga gestão da Sabesp e pediu que a atual concessionária responsável pelo sistema de abastecimento invista em suporte técnico para emergências.

“Não apenas Assis, mas todo o estado precisa de um olhar atento para as dificuldades com a água da superfície, pois daqui para frente teremos grandes desafios”, frisou.

Após os danos causados pela ventania da última segunda-feira (22), a concessionária informou que o abastecimento em alguns bairros foi comprometido pela queda de energia elétrica. Em comunicado, a empresa pediu que os moradores façam uso consciente da água armazenada nas caixas residenciais até a normalização do sistema.

O parlamentar concluiu apontando os reflexos de anos de descuido com as nascentes locais.

“Hoje temos oito nascentes na cidade, todas com lançamento de esgoto e problemas antigos. Em alguns pontos falta esgoto, em outros falta água, e em certas áreas vivemos uma verdadeira calamidade pública em pleno século 21”, reforçou.