A Prefeitura de Assis anunciou a criação do Ambulatório de Emergências Climáticas, medida inédita incluída no Decreto nº 9.781/2025, que publicado na sexta-feira (12). O espaço será destinado exclusivamente ao atendimento de pacientes com sintomas leves, classificados como azul e verde pela escala de Manchester na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O objetivo é desafogar a UPA e garantir assistência ágil a pessoas que apresentarem problemas relacionados à baixa umidade do ar, como ressecamento de mucosas, irritações oculares, crises respiratórias leves, fadiga e sinais de desidratação.

Por que o ambulatório é necessário?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade relativa do ar não deve ser inferior a 60%. No entanto, na região de Assis os índices vêm atingindo 30% ou menos, cenário considerado de alerta e até de emergência pelos órgãos de saúde e meteorologia.

Essas condições climáticas agravam doenças respiratórias, aumentam o risco de desidratação, alergias e complicações cardiovasculares, além de elevar as chances de incêndios em áreas urbanas e rurais.

Outras medidas do decreto
Embora o foco seja a saúde, o decreto também prevê e recomenda:
•    restrições a atividades físicas em escolas nos horários mais quentes;
•    proibição de queimadas, fogueiras e uso de fogo em geral;
•    distribuição de água potável em pontos estratégicos, se necessário;
•    campanhas de orientação à população sobre hidratação, cuidados com crianças, idosos e animais de estimação.

Defesa Civil e Saúde em conjunto
A Defesa Civil Municipal atuará em parceria com a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente para divulgar alertas e coordenar ações preventivas.

Com o novo ambulatório, Assis busca antecipar soluções e proteger a população diante do agravamento da emergência climática causada pela baixa umidade do ar.