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JUSTIÇA • 11/09/2025 às 09:17, atualizada em 11/09/2025 às 10:34

Réu é condenado a 40 anos de prisão por estupro e assassinato de Andréia Dutra em Assis

Tribunal do Júri reconheceu crime bárbaro cometido na véspera de Natal de 2023; caso chocou a cidade

Réu é condenado a 40 anos de prisão por estupro e assassinato de Andréia Dutra em Assis

O Tribunal do Júri de Assis condenou, nesta quarta-feira (10), Jonatan Ferreira Conde, conhecido como “Pirata”, a 40 anos de prisão em regime fechado pelo estupro e assassinato de Andréia Aparecida Dutra, de 41 anos. O crime ocorreu na madrugada de 24 de dezembro de 2023, no bairro Assis III.

O julgamento começou pela manhã e terminou por volta das 21h30, sob a presidência do juiz Bruno César Giovanini Garcia. Poucas pessoas acompanharam a sessão no plenário.

Segundo a denúncia, Jonatan abordou Andréia em um trecho de mata próximo a um córrego, retirou suas roupas à força, a estuprou e depois a matou por asfixia e espancamento.

O corpo foi encontrado horas depois, por volta das 15h do dia 24 de dezembro, por um morador que levava seu cavalo para beber água. Na ocasião, a reportagem do portal Abordagem Notícias esteve no local, conversou com pessoas que ouviram os gritos, e presenciou o corpo de Andréia deixado dentro do córrego.

As investigações indicaram extrema brutalidade: a vítima sofreu politraumatismos, sinais de afogamento e violência sexual. O Ministério Público sustentou que o crime foi cometido por motivo torpe, com meio cruel e desprezo à condição de mulher.

Prisão e fuga

Jonatan foi preso em 27 de dezembro de 2023. Ele estava com um tênis feminino que pertencia à vítima, além de o celular dele ter sido localizado próximo ao corpo dela.

No entanto, em fevereiro de 2024, conseguiu fugir da Cadeia Pública de Presidente Venceslau utilizando uma “teresa” (corda feita de lençóis). Foi recapturado no mesmo dia pela Força Tática, em Presidente Epitácio, onde foi encontrado dormindo em um bar desativado.

O julgamento

Durante o júri, o promotor de Justiça Fernando Fernandes Fraga destacou a gravidade do caso e pediu a condenação máxima ao Conselho de Sentença.

A defesa foi feita pelo advogado Sérgio Afonso Mendes, que alegou relação consentida. No entanto, o laudo pericial apontou lesões nas partes íntimas de Andréia, confirmando o estupro.Testemunhas relataram ainda a agressividade do réu quando fazia uso de drogas.

O Conselho de Sentença reconheceu todas as qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público, condenando Jonatan por estupro e homicídio qualificado.

A família de Andréia falou ao portal Abordagem que aguardava pela condenação como uma forma de justiça à tamanha atrocidade cometida. Para os familiares, a decisão representa um passo importante para que outras mulheres não sofram a mesma violência e para que a população de Assis tenha mais segurança ao circular pelas ruas da cidade.

 

Fonte: Da Redação - Fotos Abordagem

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