Polícia Civil realiza operação em Marília e prende funcionários do HC com atestados falsos
Técnicos em radiologia foram autuados em flagrante pelo crime de falsificação de documento público

Dois técnicos em radiologia que trabalham no Hospital das Clínicas de Marília foram presos em flagrante acusados de estarem vendendo atestados médicos. Vários documentos em branco foram apreendidos nas casas dos envolvidos. Em nota, a direção do HC informou, no final da manhã desta quarta-feira, que foi a própria instituição quem denunciou o caso (veja abaixo).
A operação "Fake Doctor” foi desencadeada por policiais civis do SIG (Setor de Investigações Gerais) que cumpriram mandados de busca expedidos pela justiça. No total foram apreendidos 14 atestados médicos em brancos e com carimbos de médicos, sem o conhecimento desses profissionais.
Os atestados "destinavam-se, em tese, ao oferecimento à terceiros para apresentação fraudulenta em locais de trabalho", informou o delegado Wanderley Elenilton Gonçalves Santos que comandou a operação. Os documentos tinham o timbre do PA Sul e da Santa Casa de Marília, com carimbos de dois médicos. Um dos acusados alegou que usava os atestados para justificar suas faltas no trabalho, ou seja, tentando negar que vendia para terceiros. Já o outro afirmou que iria descartar os documentos.
Prisão - Os técnicos em radiologia foram autuados em flagrante pelo crime de falsificação de documento público e encaminhados para audiência de custódia na Justiça. A pena pode chegar até seis anos de prisão em regime fechado.
Denúncia do próprio HC
A assessoria de imprensa do HC/Famema divulgou uma nota oficial garantindo que foi a própria instituição que recebeu essa informação dos atestados médicos falsos. "De posse das informações, imediatamente foi realizado o registro formal da ocorrência, e, diante da gravidade dos fatos, foi solicitada pela autoridade policial a expedição de mandado de busca e apreensão em desfavor dos investigados", diz a nota. A operação foi mantida em sigilo e realizada nas casas e no setor onde os funcionários trabalham.
Acrescenta que, desde o início da ação policial, "adotou, de imediato, todas as medidas administrativas necessárias com responsabilidade para cessar qualquer prática ilegal dentro e fora desta instituição, atuando em conjunto à Polícia Civil, inclusive, está auxiliando na operação em curso e já determinou ações imediatas para identificar e rastrear outros documentos fraudulentos que possam ter sido apresentados em órgãos públicos e privados".
Fonte: Visão Notícias
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