A Polícia Civil de Presidente Prudente, por meio da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da DEIC 8, deflagrou na manhã desta quarta-feira (02), a Operação “FARM 18”, com ações simultâneas em cidades dos estados de São Paulo e Paraná. As diligências ocorrem nas cidades de Rolândia e Londrina (PR), bem como em Cerqueira César e Pirajuí (SP), com foco no combate a uma organização criminosa especializada em roubos a propriedades rurais.

A investigação teve início em abril deste ano, após um roubo ocorrido no dia 8 daquele mês, em uma fazenda localizada na zona rural de Sandovalina/SP. Na ocasião, dois indivíduos invadiram a sede da propriedade, renderam duas vítimas e, utilizando armas de fogo de calibre restrito e extrema violência, mantiveram-nas em cárcere, subtraindo bens do local antes de fugirem.

Diante da gravidade e das características do crime, o Grupo de Investigação em Área Rural (GIAR), da DIG, assumiu as investigações. Com base em dois meses de intensa atuação de inteligência, com diligências de campo, cruzamento de dados e apoio do Ministério Público, foi possível identificar os autores diretos do roubo: M.M.G., de 30 anos, e W.R.S., de 33 anos. Outros três envolvidos também foram identificados por seu papel no apoio logístico ao crime: L.P.B., de 31 anos; C.I.M., de 36 anos; e L.P., de 45 anos, suspeitos de ocultar objetos, transportar os criminosos, fazer a vigilância do local e fornecer o armamento utilizado.

Com as provas reunidas, a Polícia Civil obteve junto ao Judiciário o deferimento de cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão domiciliar. Até o momento, quatro prisões foram efetuadas e todas as buscas realizadas com êxito. Apenas um dos alvos ainda não foi localizado, e as equipes seguem em diligência para encontrá-lo.

A Operação FARM 18 também visa desarticular a organização criminosa interestadual que, apenas em 2025, é suspeita de pelo menos oito ações semelhantes, sendo duas delas na região de Presidente Prudente, com o mesmo modus operandi: invasão de sedes rurais, uso de violência armada e restrição da liberdade das vítimas.

As investigações prosseguem com o objetivo de identificar outros integrantes da quadrilha, novas vítimas, bem como rastrear os armamentos utilizados, os receptadores dos bens roubados e os responsáveis por escolher as propriedades atacadas.

Os suspeitos responderão pelos crimes de roubo triplamente agravado pelo concurso de pessoas, pela restrição de liberdade das vítimas e pelo uso de arma de fogo de calibre restrito além de participação em organização criminosa.