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AGRICULTURA • 30/06/2025 às 11:09

Assocana avalia possíveis danos das geadas; algumas áreas chegaram a registrar -1°C

A região do Vale do Paranapanema enfrentou temperaturas extremamente baixas nos dias 24 e 25/06.

Assocana avalia possíveis danos das geadas; algumas áreas chegaram a registrar -1°C

A Assocana inicia nos próximos dias um trabalho de campo para identificar os impactos da geada. Como os sintomas não aparecem imediatamente, é preciso aguardar entre 7 e 10 dias para uma avaliação mais precisa.

O que a geada pode causar na planta?

A intensidade dos danos depende do tempo em que a temperatura permaneceu baixa. As consequências vão desde queima de folhas até a morte de gemas apicais e laterais, o que compromete o desenvolvimento da planta. Regiões afetadas apresentam, inicialmente, aparência aquosa e, em seguida, são invadidas por fungos e bactérias.

Quando apenas a gema apical morre, a planta tende a brotar de gemas inferiores, criando o efeito conhecido como “envassouramento”.

Colher ou esperar? Decisão deve ser técnica

Não se deve cortar canaviais sem diagnóstico técnico. Os prejuízos podem ser maiores caso a colheita ocorra antes do tempo ideal. Canas de ano e aquelas colhidas na safra anterior a partir de agosto estão entre as mais preocupantes, por ainda não terem atingido a maturação adequada.

Veja o efeito da geada na soqueira onde a cana foi destinada para muda. Nesse estágio, se ocorrer a morte da gema apical (palmito), a soqueira brotará novamente, sem necessidade de intervenção com roçadeira. Já nas canas com entrenós formados (colmos), com morte da gema apical, as gemas laterais, sem dominância, brotam, levando ao “envassouramento”, não desejável para o desenvolvimento da cana

A colheita, nesse cenário, pode seguir dois caminhos:

Colheita total das áreas afetadas, exigindo grande esforço logístico;
Liberação gradual, conforme análise técnica, priorizando a cana mais madura e mais danificada.

Importante: a definição da logística de retirada é responsabilidade das usinas, conforme suas particularidades operacionais.

Reflexos imediatos da geada em 2025

- Perda de qualidade da matéria-prima.

- Redução da produtividade no fim da safra.

- Falta de mudas de boa qualidade para o plantio.

- Necessidade de maior controle de ervas daninhas.

- Desequilíbrio no manejo de corte.

- Possível necessidade de rebaixamento de áreas.

- Adubação suplementar com nitrogênio em canas que perderam massa verde.

Impactos previstos para 2026

- Mudas pouco desenvolvidas na época de plantio.

- Matéria-prima imatura no início da próxima safra (abril a junho).

- Redução na produção de canaviais novos e soqueiras afetadas.

Frente fria anterior não causou danos

No final de maio (dias 29 e 30), uma frente fria também trouxe temperaturas muito baixas, mas sem danos significativos, segundo o Departamento Agrícola da Assocana.

Acompanhamento contínuo

A equipe técnica da Assocana segue monitorando os canaviais da região. Os produtores serão atualizados com novas informações conforme o andamento dos levantamentos.

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa (Com informações do Departamento Agrícola da Assocana e do Grupo IDEA)

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