ASSIS (SP) — Em primeira mão, o portal Abordagem Notícias apurou, com exclusividade, que o Hospital Regional de Assis vai fechar, a partir da meia-noite desta quarta-feira (4), as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Pediátrica e Neonatal, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante uma reunião emergencial realizada na tarde de hoje, com a participação de representantes da equipe médica e da direção da unidade.

A principal razão para o fechamento é a grave falta de profissionais — situação que já vinha sendo sinalizada ao Governo do Estado há mais de um ano, sem retorno efetivo. A UTI Pediátrica vinha operando com escalas diárias improvisadas, sem um quadro fixo e sem reposição de médicos e outros profissionais essenciais. A UTI Neonatal enfrenta o mesmo problema, o que levou à decisão de interromper os atendimentos.

A crise afeta diretamente os serviços de obstetrícia, que também deixarão de funcionar, já que dependem do suporte das UTIs para atender gestantes de alto risco. O impacto regional é expressivo: o Hospital Regional de Assis é referência para 25 municípios, especialmente em casos complexos envolvendo gestantes, recém-nascidos e crianças.

No momento, há a possibilidade de dois bebês internados na UTI Neonatal e três crianças na UTI Pediátrica serem transferidos para outras unidades, por meio da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), para hospitais com estrutura adequada.

No início desta noite, assim que tomou conhecimento da situação, o portal Abordagem Notícias entrou em contato com a prefeita de Assis, Telma Spera, que informou já ter uma reunião previamente agendada para esta quinta-feira (5), às 17h, em São Paulo, com o Secretário Estadual da Saúde.

Segundo a prefeita, o encontro havia sido marcado para tratar de uma demanda emergencial relacionada ao Hospital Regional, mas, diante dos novos acontecimentos, a pauta será ampliada para incluir a situação atual. Ela preferiu não se manifestar especificamente sobre o possível fechamento das UTIs neste momento. O portal não conseguiu contato com o diretor do HRA, Edmar Luís de Oliveira.

Abordagem Notícias segue acompanhando os desdobramentos e buscará atualizações junto ao Governo do Estado e à administração do hospital. O fechamento das UTIs e da obstetrícia representa um risco real à assistência médica regional.