O Cemitério da Saudade, ou Cemitério Municipal de Assis, foi, pela sexta vez este ano, alvo de vandalismo extremo. Os últimos atos que parecem carregar uma boa dose de ódio, ou vingança,ocorreram para amanhecer ontem e hoje. Os autores – porque uma pessoa sozinha não conseguiria promover tamanho estrago, não pouparam nem mesmo as fotos dos falecidos. Em alguns túmulos, muitas foram pichadas e arrancadas dos porta-retratos.

Desta vez as pichações foram mais agressivas. A ação foi generalizada, com quebras das placas em mármore, vidros e granito.

O administrador do cemitério, Pedro Resende, acredita que a destruição tenha sido causada por "nóias" (usuários de drogas). "A característica é igual a das vezes anteriores. Destruiram lápides, quebraram vasos, e as pichações foram violentas e com marcas do bandido. Se quiser, a polícia pega quem fez isso", destaca Resende.

Em duas madrugas, foram mais de 45 sepulturas atingidas, o que dá um prejuízo considerável aos responsáveis pelas lápides, tendo em vista o alto preço dos materiais e serviços.

Questionado sobre a falta de segurança no local, o administrador afirma que já pediu à Prefeitura Municipal de Assis, por duas vezes, para colcoar câmeras de vigilância, mas o pedido não foi atendido, "Pedi isso logo que assumi o cemitério, e, por último, há quatro meses. Ficaria em torno de R$ 7 mil para implantar 16 câmeras, mas o orçamento parece estar precário", finaliza.