Assis é colocada em alerta para febre maculosa
Boletim epidemiológico foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde.
A febre maculosa tem sido motivo de preocupação em regiões específicas de São Paulo. Recentemente, uma adolescente de 16 anos, moradora de Campinas, que esteve em um evento na Fazenda Santa Margarida, faleceu em decorrência da doença, bem como uma mulher de 28 anos, uma de 36, e um homem de 42.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, além da fazenda de Campinas, onde os eventos foram realizados, as regiões com maior frequência de casos são as do município, Piracicaba, Assis e Sorocaba. Inclusive, a Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quinta-feira, 15, que Assis é uma das regiões com maior incidência da doença.
Segundo a secretaria, no estado de São Paulo, em 2021, foram registrados 87 casos de febre maculosa, com 48 óbitos. Em 2022, foram 63 casos, com 44 óbitos confirmados. E, em 2023, já foram registrados 17 casos, oito dos quais resultaram em morte, incluindo os quatro confirmados desde segunda-feira (12), relacionados ao mesmo evento que a adolescente participou.
Casos recentes de morte pela doença incluem a dentista Evelyn Karoline Santos, de 28 anos; Mariana Giordano, de 36 anos, dentista e namorada do piloto Douglas Costa, de 42 anos, que também morreu em decorrência da doença; e a adolescente, de 16 anos, que ainda aguarda confirmação do diagnóstico. Eles estiveram na festa realizada na fazenda de Campinas.
É importante ressaltar que o período de incubação da febre maculosa é de dois a 14 dias, e a exposição ocorrida nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas deve ser levada em consideração. Diante disso, a população deve estar sempre atenta aos seus sintomas e procurar atendimento médico o mais rápido possível em caso de suspeita da doença.
A febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é transmitida por algumas espécies de carrapatos. Embora haja cura, é importante iniciar o tratamento com antibióticos específicos precocemente. Entre junho e novembro, a infestação ambiental por ninfas de carrapato-estrela é alta, e o ciclo de vida do carrapato inclui quatro fases: ovo, larva, ninfa e adulto. Por isso, ao se aventurar em regiões de mata e cachoeira, é importante estar ciente do risco de transmissão da febre maculosa pela picada do carrapato-estrela, cujo maior hospedeiro é a capivara.
Os principais sintomas da febre maculosa são:
Febre;
Dor de cabeça intensa;
Náuseas e vômitos;
Diarreia e dor abdominal;
Dor muscular constante;
Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
Gangrena nos dedos e orelhas;
Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.
Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
Fonte: Redação- Imagem: Bill Machado/Flickr/Reprodução
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