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SANTA CASA
POLÍCIA • 27/08/2019

Quatro réus são julgados hoje pela assassinato de gestante, em Assis-SP

Grávida de 5 meses, Silvia Cassiano foi assassinada e esquartejada em março de 2018.

Quatro réus são julgados hoje pela assassinato de gestante, em Assis-SP

Está marcado para esta terça-feira, 27 de agosto, no Fórum da Comarca de Assis, o julgamento dos quatro homens acusados do assassinato de Silvia Cassiano, de 33 anos, que estava no quinto mês de gestação.  O corpo dela foi esquartejado, congelado e espalhado em terrenos baldios da cidade. O crime ocorreu em março de 2008.

O júri deveria ocorrer em 27 de março de 2019, mas uma testemunha chave - arrolada em caráter de imprescindibilidade da prova, não foi localizada pela Promotoria Pública, e a data foi redesignado para hoje.

O banco dos réus será ocupado pelo ex-marido de Silvia Cassiano, pelo irmão dele e mais dois homens, vizinhos dela. Todos aguardavam o julgamento em liberdade.

O desaparecimento

Silvia Cassiano era cozinheira em um restaurante da cidade, "O casarão" e no dia 09 de março de 2008, desapareceu da casa onde morava, na Rua José de Alencar, 803 (Vila Ribeiro), mais precisamente da cama onde dormia com os dois filhos pequenos.  A gestante daria à luz um menino, filho do primo de seu ex-marido (um dos réus), com quem morava à época do crime. Seu companheiro estava viajando na fatídica noite-madrugada do desaparecimento.

 Quando a ausência de Silvia foi percebida, a família procurou exaustivamente por ela, espalhando cartazes por municípios de toda a região, numa busca desesperada por respostas. Teria ela fugido apenas com a roupa que dormia, descalça, sem qualquer documento?

Partes do corpo aparecendo

Dois meses depois do misteriosos desaparecimento d gestante, a primeira parte de seu corpo (do quadril aos joelhos) foi encontrada dentro de um saco de lixo, em um terreno baldio na periferia da cidade.

Pouco tempo depois, outras partes do corpo foram aparecendo em locais diferentes. Sempre em sacos plásticos e congelados. O tronco nunca foi encontrado.

O que mais impressionou a equipe policial foi a desova da cabeça. Junto estava um prato contendo o feto do sexo masculino. Algo macabro, que à época foi associado à magia negra.

Prisões

Com investigações difíceis e acirradas, com forte pressão familiar e clamor social, na primeira quinzena de novembro de 2012, dois suspeitos de terem praticado o crime foram presos.

No dia 22 do mesmo mês, mais dois suspeitos de participação no crime foram apresentados à DIG – Delegacia de Investigações Gerais e ficaram presos.

Dos quatro réus, dois são irmãos, sendo o ex-marido e o cunhado de Sílvia Cassiano. Os demais não têm parentesco. Posteriormente, todos foram beneficiados com habeas corpus para responder ao processo em liberdade.

Julgamento

No decorrer do inquérito policial, pelo menos 50 pessoas foram ouvidas, formal e informalmente. O processo remonta nove volumes.

Passados 11 anos, os réus serão julgados no Fórum da Comarca de Assis.

O júri será presidido pelo juiz de Direito Diogo Porto Vieira Bertolucci. O advogado Alexandre Pinheiro Valverde será assistente de acusação junto ao promotor de Justiça Fernando Fernandes Fraga.

Na defesa dos réus estarão os advogados Sérgio Afonso Mendes, Alex Luciano Bernardino Carlos e Ivan Décio Serra.

Foram arroladas 18 testemunhas. Por ser um julgamento com quatro réus, e devido à complexidade do caso, estima-se que o júri se arraste pela madrugada.

Encontro da primeira parte do corpo, em um terreno no Jardim Três Américas

Sepultamento, sem o tronco da muher, no Cemitério Municipal de Assis.

 

Redação e fotos Abordagem Notícias

 

 




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