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DOM CUMPIM
GERAL • 03/02/2019

CORRIDA DE RUA: José Mazanti conquista troféus, amigos, e vitalidade

Ele começou a correr aos 66 anos e aos 84 é o quinto melhor do mundo em sua categoria.

CORRIDA DE RUA: José Mazanti conquista troféus, amigos, e vitalidade

Popularmente costumamos ouvir que a vida começa aos 40 anos. Isso talvez porque já tendo algumas décadas vividas adquiramos mais consciência de que o tempo é precioso demais para perdê-lo nos aborrecendo com problemas pequenos, maus hábitos ou más companhias. José Mazenti, aos 84 anos, mudou completamente seu estilo de vida aos 66 anos incentivado pela esposa, Hilda Contin, e hoje coleciona mais que troféus e medalhas, amizades que conquista a cada corrida que participa.

Por meio do atletismo Mazanti já viajou um bocado. “Conheci vários estados brasileiros, as mais lindas praias”, conta. Somente na modalidade corrida são 300 medalhas. E no que depender dele tão cedo não deixará de correr e nem tampouco de competir. Neste final de 2018 e início de 2019 foram três competições, todas entre os três primeiros colocados.  Participou da 28ª Prova Pedestre de Paraguaçu Paulista realizada em homenagem a José de Oliveira Melo chegando em segundo lugar em sua categoria.

No último dia 31 de dezembro esteve na São Silvestre consagrando-se como quinto melhor corredor do mundo em sua categoria, já que estamos falando de uma competição internacional, e no último dia 26 de janeiro correu a 57ª Prova Pedestre promovida pela Secretaria de Esportes de Apucarana-PR chegando também em segundo lugar na prova dos 5 km, masculino - acima de 76 anos. O atleta compete sempre pela equipe “Frei Paulino”, representando o município de Cândido Mota.

Para manter o ritmo e superar suas próprias limitações, Mazanti corre 10 km todas as manhãs, exceto aos finais de semana. Fazendo uma conta simples, em 17 anos correndo 50 km por semana, o atleta já correu mais de 40 mil km, o suficiente para dar uma volta na Terra. As visitas ao médico de confiança da família há décadas, Dr. Fernando Cordeiro Peralles, é periódica.

Há muitos anos ele e a esposa também praticam natação. Atualmente, o casal é assíduo na Aquacenter e costumam ir até lá caminhando uns sete quarteirões pela rua Antônio Conti até a escola de natação, vizinha a Câmara Municipal. Todas as terças e quintas-feiras, eles nadam 900 metros. Haja fôlego! Mas não falta amigos para incentivá-los em cada lugar que frequentam, já que o casal esbanja simpatia e bom humor.  Hilda se destaca como atleta nesta modalidade já tendo se classificado em dada oportunidade como terceira colocada no Estado em sua categoria.

Mazanti conta que chegar em quinto lugar em sua categoria em uma corrida internacional como a São Silvestre é algo emocionante que já viveu, mas sua pretensão nunca foi se destacar no esporte, mas, sim, alcançar uma qualidade de vida que não tinha antes da atividade física.

O atleta de hoje foi um dos alfaiates mais renomados de Cândido Mota e até hoje guarda, em um antigo barracão, onze máquinas de costura como relíquia. São lembranças de uma vida dedicada ao trabalho de alfaiataria, de agenda cheia, de muitos compromissos e convites para eventos. Mas nem tudo caminhou para o glamour. Ele conta que antes de iniciar no esporte chegava a beber uma garrafa de pinga e fumar um maço de cigarros por dia. Hoje Mazanti se sente seduzido, mas por uma vida saudável e garante que não tem desgaste em joelhos ou dor nas costas que o impeça de treinar feliz diariamente. Pelo contrário, o dia que chove intensamente ou algum compromisso o impede de treinar ele sente imensa falta. No mais, se sente imensamente agradecido a Deus pela esposa maravilhosa que sempre esteve ao seu lado e o incentivou a mudar de hábitos e enxergar um jeito muito melhor de aproveitar a vida.

Redação e foto - Renata Baldo

 




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