Cachorra é resgatada com vida em poço após quatro dias desaparecida em Campos Novos Paulista
Pandora ficou presa em um poço de 20 metros e foi salva por equipe do Corpo de Bombeiros de Assis

Quinta-feira, 24, à tarde uma operação de resgate emocionante mobilizou o Corpo de Bombeiros de Assis para salvar a cachorra Pandora, da raça Chow-chow, em Campos Novos Paulista.
O animal estava desaparecido desde domingo (20) e foi encontrado preso em um poço desativado, em uma área de difícil acesso no bairro Copacabana, na Rua Manuel Justino.
Segundo relato da dona da cachorra, Angélica Corrêa de Oliveira, Pandora fugiu por volta das 22h de domingo. A princípio, a família não se preocupou, já que a cachorra costumava circular entre as casas da chácara onde moram seus parentes. “Quando chegou segunda de manhã e ela não apareceu, comecei a me preocupar. Achei que alguém tinha roubado, porque ela é de raça e muito dócil”, contou.
Angélica iniciou buscas pela mata, próxima à residência, espalhou fotos nas redes sociais e procurou por toda a região, mas sem sucesso. A situação mudou quando o cunhado dela lembrou da existência de um antigo poço em uma chácara próxima. Ao se aproximarem do local, encoberto por capim, começaram a chamar Pandora e ouviram o choro da cadela vindo do fundo.
“O poço estava aberto, mas camuflado. Quando comecei a chamar, ouvi ela chorando. Entrei em desespero, peguei uma corda, mas era muito fundo. Liguei para a polícia, que acionou o Corpo de Bombeiros de Assis. Inicialmente, achei que o resgate não aconteceria, pois imaginei que os bombeiros não viriam de Assis apenas para socorrer minha cachorra. Mas, quando chegaram, o trabalho foi intenso e exigiu muito esforço da equipe”, relatou.
O resgate foi feito no final da tarde, por volta das 17h, quando a equipe dos bombeiros chegou ao local. Devido à dificuldade de acesso, a viatura ficou a cerca de 50 metros do poço, e à falta de pontos de ancoragem por conta da vegetação de bananeiras, foi montado um sistema improvisado de resgate.
De acordo com o soldado Policher, que participou do resgate, utilizando um tripé e cordas, o soldado Roque desceu aproximadamente 20 metros até alcançar Pandora.
“Tivemos que improvisar todo o sistema, pois era um local sem ancoragem. O soldado Roque desceu com muita coragem e conseguiu fazer o resgate mesmo com a resistência do animal que parece ser dócil, mas é uma raça um pouco agressiva. Graças a Deus, tudo terminou bem”, destacou.
A operação foi marcada por emoção e gratidão por parte da tutora de Pandora que foi capturada com sucesso e resgatada ilesa, com apenas um pequeno arranhão no nariz.
“Eles foram muito vitoriosos e guerreiros. Estava escuro, o poço fundo e estreito demais. Ficamos muito felizes. Quando vi que ela estava bem, só consegui agradecer a Deus e ao Corpo de Bombeiros. Se não fosse por eles, ela não aguentaria mais um dia lá. Ela ficou praticamente três noites e quatro dias sem comer ou beber água”, concluiu Angélica.
Agora em segurança, Pandora já está em casa e faz a alegria dos filhos de Angélica, encerrando com felicidade uma história que começou com preocupação e terminou com gratidão.
Fonte: Da Redação - Fotos: cedidas pela família e pelo Corpo de Bombeiros
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