Maria das Graças assume presidência do Rotary Fraternal com superação e liderança
Diagnosticada com ELA, aplicativo de voz permite que siga ativa como líder, advogada e cidadã.

O Rotary Club de Assis Fraternal celebrou com muita alegria a posse do Conselho Diretor para o Ano Rotário 2025-2026, que se inicia nesta terça-feira, 1º de julho.
A presidente Maria das Graças Santos Avanzi de Oliveira, assume a liderança do clube junto com seu conselho diretor e com apoio de todas as associadas que este ano estarão unidas para fazer o bem.
A presidente, foi diagnostica em 2024, com ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica - que afeta principalmente os neurônios motores na região bulbar do tronco cerebral. Nessa condição, funções como fala, e deglutição foram afetadas.
“Carrego comigo uma condição que muitos acreditam que é um limite, mas eu transformo em impulso. A Esclerose Lateral Amiotrófica calou a minha voz, mas jamais calará minha vontade de servir. Hoje minhas palavras são digitais, mas meu coração, intenções e meu espirito rotário, seguem mais vivos do que nunca", destacou em sua mensagem para o Club.
Com a ajuda de um companheiro do Rotary Club de Assis Norte, Mateus Milck Delmassa, Maria das Graças poderá dirigir a assembleia, através de um aplicativo de voz. Ele utilizou-se de áudios, de falas anteriores ao diagnostico, para fazer os ajustes no aplicativo que permitiram que sua voz fosse colocada nas suas falas. Por meio deste aplicativo, pelo notebook, ela vai conduzir as reuniões do seu Clube.
Este mesmo aplicativo está sendo usado em seu celular para que possa se comunicar com amigos, família, no seu trabalho como advogada e em todos os lugares que frequenta na cidade.
A ELA é uma doença rara e pouco conhecida. "Com frequência as pessoas acham que sou surda e, então falam alto ou usam gestos para dizer alguma coisa. O uso do crachá com cordão de girassol chama a atenção para que as pessoas leiam o que está escrito no crachá e comecem a conhecer a Esclerose Lateral Amiotrófica. Pouco se fala da ELA. Assis tem algumas pessoas diagnosticadas e seria importante que elas se unissem para chamar atenção da área médica e da Secretaria da Saúde para que nos acompanhe, bem como que nos incluam nos programas do SUS que podem nos ajudar. O tratamento da ELA é caro. São com base em medicamento, que visam desacelerar o avanço da doença. Atividades multidisciplinares, ex: fonoaudióloga, fisioterapias, medicação, nutrição. Cada caso tem sua particularidade nos tratamentos. Luto por mais visibilidade da ELA e pelo avanço da ciência no sentido de buscar a cura e não apenas em tratamento paliativo para manter nossa qualidade de vida", afirma Maria das Graças.
Fonte: Da Redação - Fotos: cedidas pela presidente do Rotary
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