Cardeal Robert Francis Prevost, dos EUA, em 30 de setembro de 2023. — Foto: Foto AP/Riccardo De Luca

O cardeal norte-americano Robert Prevost foi eleito nesta quinta-feira (8) como o novo líder da Igreja Católica, tornando-se o primeiro papa oriundo dos Estados Unidos. Ao ser anunciado ao mundo, escolheu o nome de papa Leão XIV.

A tradicional fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina às 13h07 (horário de Brasília), indicando que os cardeais chegaram a um consenso quanto ao sucessor do papa emérito Francisco.

Após a eleição, Prevost seguiu para a chamada “Sala das Lágrimas”, onde teve um momento de recolhimento e se vestiu com os paramentos papais. Em seguida, fez sua primeira aparição pública na sacada da Basílica de São Pedro, dirigindo-se aos fiéis reunidos na praça.

Aos 69 anos, o novo pontífice tem uma trajetória marcada por missão, estudo e liderança. Natural de Chicago, Illinois, Prevost é membro da Ordem de Santo Agostinho e tem cidadania peruana, adquirida durante seu período como missionário no país entre 2014 e 2023, quando foi nomeado bispo de Chiclayo.

Em entrevista recente ao Vatican News, Prevost declarou:

“Minha vocação, como a de todo cristão, é ser missionário, proclamar o Evangelho onde quer que se esteja.”

Antes de ser eleito papa, atuava no Vaticano como responsável pelo dicastério que coordena nomeações episcopais ao redor do mundo.

Prevost iniciou sua jornada religiosa em 1977, tornando-se noviço na Ordem de Santo Agostinho. Fez votos solenes em 1981 e foi ordenado sacerdote no ano seguinte. Tem sólida formação acadêmica: é mestre em Divindade pelo Catholic Theological Union (Chicago), e doutor em Direito Canônico pelo Pontifício Colégio de São Tomás de Aquino (Angelicum), em Roma.

Sua eleição representa continuidade com a linha de pensamento do papa Francisco, especialmente na ênfase pastoral, na abertura ao diálogo e na valorização das periferias da fé.