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LOCAL • 17/05/2021

Colapso: Situação da saúde é crítica em Assis, mas UPA prossegue aberta

A secretária Municipal de Saúde alerta que todos os hospitais estão com 100% de ocupação.

Colapso: Situação da saúde é crítica em Assis, mas UPA prossegue aberta

Nesse último final de semana, muito se falou que a UPA – Unidade de Pronto Atendimento de Assis estaria de portas fechadas. Várias mensagens foram compartilhadas nas redes sociais, nesse sentido. Leitores telefonaram e mandaram mensagens ao site Abordagem, pedindo informações a respeito. Ontem à noite, em contato com a secretária Municipal de Saúde de Assis, Cristiane Silvério, foi assegurado à reportagem que a UPA não fechou as portas, tampouco mandou alguém de volta para casa.

Vale ressaltar que referida unidade é um serviço pré hospitalar, que fica com o paciente até que eles esteja estabilizado e possa ser encaminhado para assistência hospitalar.

“Agora mesmo foram transferidos cinco pacientes para a Santa Casa e estamos aguardando a transferência de mais cinco  para outros municípios. Desde sexta feira o número de atendimentos e a necessidade de internação aumentou muito. A Santa Casa de Assis ampliou, emergencialmente, cinco leitos de Clínica Covid e a DRS - Departamento Regional de Saúde, de Marília, vem apoiando Assis e os municípios vizinhos, buscando vagas em outras regiões, visto que na DRS IX os hospitais estão com 100% de ocupação”, explicou.

A secretária admite, e lamenta, que Assis volta a uma situação muito crítica no serviço de saúde, haja vista que grande parte da população relaxou com os cuidados e prossegue com as aglomerações, até mesmo sem máscaras faciais, sendo contaminadas, contaminando e sobrecarregando o sistema de Saúde.

Com isso, a UPA, que é um serviço que atende outras intercorrências, como vítimas de acidentes, infartados e demais situações que requeira pronto atendimento, e, agora, infectados pelo novo coronavírus, experimenta superlotação e grande dificuldade em atender a demanda, não só de Assis, mas de outros 11 municípios da região.

“Quando a taxa de ocupação dos hospitais passa a ser de 100%, esses pacientes que estão na UPA não têm como ser transferidos e vai ficando cada vez mais difícil. Então temos de acessar, além das nossas referências, que são o Hospital Regional e a Santa Casa, os outros hospitais, como a Santa Casa de Paraguaçu Paulista, por exemplo, ou seja, referências fora da nossa microrregião”, relata preocupada.
“Quando esgota a capacidade de internação na nossa região, vamos buscar em outras, e é isso que está acontecendo agora. Marília também experimenta falta de vagas, está com superlotação. A UPA é um serviço essencial, de urgência emergência, que vai ficando lotado e não pode fechar”, pontua.

A secretária admite que no último sábado, em determinado momento, foi necessário sinalizar que a capacidade de atendimento chegou ao limite.

“Com essa situação tão crítica, rapidamente conseguimos ajuda. A Santa Casa ampliou emergencialmente os leitos. Encaminhamos pacientes para outra cidade para que pudéssemos ter a possibilidade de atender outras pessoas, mas em nenhum momento alguém foi mandado embora da UPA. Não foi negado atendimento”, finaliza.

 

Redação Abordagem