Todos os anos, no último domingo de agosto, o município de Maracaí recebido milhares de visitantes de todas as partes do Brasil e do mundo para a tradicional Festa do Menino da Tábua, que é uma das maiores peregrinações de fé do país.

Por conta da pandemia de COVID-19, onde as aglomerações estão proibidas, a Prefeitura Municipal de Maracaí cancelou a festa 2020, pela primeira vez desde que foi iniciada.

O prefeito  Eduardo Corrêa Sotana(Tatu) agradece a compreensão de todos aqueles que todos os anos visitam a cidade e ao Menino da Tábua. "Quando for seguro estaremos prontos para receber a todos com a hospitalidade, carinho e acolhimento que são característicos dos maracaienses", disse.

 

O Menino da Tábua

Marcelino, segundo os relatos, foi um bebê prematuro, tendo nascido de sete meses.

Vítima de uma doença que o impedia de andar e restringia seu crescimento, passou a maior parte da sua vida deitado sobre uma tábua de lavar roupa. Para se alimentar consumia apenas leite e água, não gostava de usar roupas e não deixava que forrassem sua tábua. Também se diz que nunca saía de casa e jamais viu a luz do sol.

Ele morreu no ano de 1945 e foi enterrado junto com sua tábua.

Logo depois da morte de Marcelino, seu túmulo se tornou o destino de romeiros, que vinham pedir sua ajuda. Uma capela foi construída ao lado para abrigar devotos e agradecimentos pelos milagres a ele atribuídos. Foi instituída uma festa anual em sua homenagem.

Em 2011 a comemoração atraiu milhares de fieis. No mesmo ano, o deputado estadual Mauro Bragato (PSDB) apresentou projeto de lei declarando a cidade de Maracaí uma Estância Turística Religiosa e inclui a festa no calendário turístico de São Paulo.

Embora tenha morrido aos 45 anos de idade, a imagem venerada pelos romeiros é a de uma criança.

 

 

Redação Abordagem