A manhã desta sexta-feira, 03 de julho, é de muita emoção no Abrigo a Idosos de Assis. Depois de momentos tensos e tristes sofridos pela equipe e assistidos, os cinco pacientes internados no Hospital de Campanha receberam alta, dentre os quais a popular “Aguinaldão”, que há anos recebeu abrigo na entidade.  Um homem de 74 anos não resistiu ao agravamento da doença e morreu, assim como um de 93, que já tinha Alzheimer e estava bastante debilitado, três meses antes da pandemia.

Dos cinco internados, quatro testaram positivo para o coronavírus. Uma idosa teve o resultado negativo, mas permaneceu internada até hoje. Os pacientes que tiveram alta são Aguinaldo, Antonio Bernardino, e as senhoras Maria Helena, Juliana e Valdenir.

O pastor José Carlos Reis, fundador e coordenador do abrigo, a assistente social Selma Aranha e a enfermeira Débora Durigam  de Oliveira Pereira também foram acometidos pela Covid-19 e passam bem. Ele se restabelece em casa e as profissionais - completamente restabelecidas já voltaram ao trabalho, ontem. 

Para o pastor, foram os dias mais difíceis da história de mais de 30 anos da entidade. Não bastasse o sofrimento por duas vidas perdidas e pela própria pandemia, houve o que ele chama de “massacre”.

“Fomos massacrados por muitas pessoas que desconhecem o nosso trabalho e nos julgaram. O abrigo foi o primeiro de Assis a suspender  as visitas quando começou a pandemia. Tomamos todas as medidas cabíveis e adotamos protocolos, mas infelizmente não conseguimos evitar alguns contágios. Trata-se de uma fatalidade a qual todos nós estamos sujeitos; uma passagem triste demais para todos nós, que somos uma família. Isso tudo nos abriu os olhos para muitas coisas externas que ocorrem nesse momento tão delicado.”, relatou.

A volta para casa foi muito comemorada por todos, em um momento em que a maioria dos idosos acometidos pela Covid-19 não resistem.

O Abrigo a Idosos conta hoje com 46 assistidos.

Selma e Débora

Redação Abordagem Notícias