Na manhã de sábado, 18 de janeiro, duas mães de alunos que permanecem em uma creche de Assis-SP, procuraram o Plantão Policial - localizado no prédio da Central de Polícia Judiciária, para relatar maus-tratos aos seus filhos: uma menina e um menino, ambos com dois anos de idade.

As queixas das mulheres, respectivamente com 24 e 35 anos, envolvem duas professoras da Emei, cujos nomes são preservados – assim como o da creche, pois o caso está em fase de investigação pela CPJ.

A mãe da menina declarou ao delegado plantonista que, em 11 de julho de 2019, a filha sofreu deslocamento de um osso do braço. A diretora teria justificado que o ferimento era resultado de queda acidental, contudo o médico teria afirmado à mãe que a lesão somente se dá devido a um puxão.

A lesão, segundo BO, aconteceu quando a menina estava sob os cuidados de determinada professora que, segundo a mulher apurou na própria creche, colocava a criança de castigo, constantemente, deixando-a na sala de aula, sozinha, enquanto outros alunos comiam, e somente depois era dada refeição a ela.

Consta no boletim de ocorrência registrado, que a mulher também tomou conhecimento de que a filha recebia beliscões, chacoalhões e puxões de orelhas, como forma de castigo.

Segundo denuncia a qual a mãe da menina castigada teve acesso, um garoto também recebia o mesmo tipo de tratamento de sua filha. Assim ela procurou a mãe dele e repassou as informações.

Juntas na delegacia, a segunda mulher confirmou ao delegado que soube das agressões através da mãe da menina, e também representou contra as duas professoras.

Segundo teria descoberto, pesquisando sobre os maus-tratos, as agressões físicas impostas a seu filho eram constantes, bem como os gritos com as crianças.

De acordo com as declarantes, o Ministério Público de Assis, a Secretaria de Educação e a direção da escola foram cientificados dos fatos constantes no boletim de ocorrência, lavrado sob a natureza maus-tratos.

No local há câmeras de segurança, as quais devem ser verificadas pra confirmar, ou não, as agressões que teriam ocorrido entre 01/02/2019 e 13/12/2019.

Redação e foto Abordagem