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UNOPAR/ANHANGUERA
ARTIGO • 02/12/2019

Gugu ganha mais de 1 milhão de seguidores após sua morte. Como fica a herança digital?

Existem duas correntes com relação a família herdar o acesso a uma conta nas redes sociais.

Gugu ganha mais de 1 milhão de seguidores após sua morte. Como fica a herança digital?

Após o falecimento do Gugu Liberato, seu Instagram, que contava com 1,908,277 de seguidores em 21/11, ultrapassou mais de 3 milhões de seguidores, crescendo mais de 1 milhão de seguidores nestes dias após seu falecimento.

Existem duas correntes com relação a família herdar o acesso a uma conta nas redes sociais. Aqueles que defendem que a conta precisa ser excluída e os que defendem que a família herde o controle total e o acesso.

O tema já foi debatido em projetos de lei no Congresso Nacional para regulamentação no âmbito da sucessão legítima. Todavia, por ser tão controverso, nenhum projeto prosperou.

No caso do Instagram, a ferramenta autoriza a exclusão da conta, após o preenchimento de formulário online com a comprovação de que se trata de algum familiar, sendo também possível a transformação do perfil em um memorial.

Lembra-se, também, que a falta da concessão da senha à família poderia gerar um campo aberto para criminosos realizarem ataques ao ‘de cujus’, nos comentários das redes sociais, sem que a família conseguisse apagar ou responder aos comentários.

Penso que, entre os bens ou elementos que compõem o acervo digital, há aqueles com valor econômico (como textos e fotos de autoria do ‘de cujus’) presentes na conta do Instagram, que poderiam integrar a herança do falecido ou ser previstos no testamento como itens de disposições de última vontade.

Já com relação a questão da preservação da privacidade daquele falecido, poderíamos pensar, com a regulamentação específica, em trazer previsões de exclusão das mensagens e conteúdo íntimo, antes da liberação da senha aos herdeiros, por exemplo. Sendo, portanto, uma alternativa de sucessão com a preservação da privacidade.

Não podemos aceitar que muitas contas, fotos, histórias e vários arquivos digitais se percam na história pela falta da entrega da senha à família.

 

Por Luiz Augusto Filizzola D'Urso

Fonte: Canal Ciências Criminais




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