Mãe denuncia professora por suposta agressão a criança dentro de escola municipal em Assis
Ela afirma que o filho relatou o episódio chorando em casa e quer ver as imagens da sala de aula.
Leticia de Paula Pereira Dionizio procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e registrou um boletim de ocorrência após afirmar que seu filho, de 7 anos, teria levado um tapa de uma professora substituta na Escola Municipal Coraly Julia, em Assis.
Ela que também conversou com a reportagem do Portal Abordagem Notícias relatou que registrou o boletim na terça-feira, 22, após seu Heytor, estudante da turma 2ª Etapa-C, contar que a professora deu um tapa em sua boca com as costas da mão durante o horário de aula.
De acordo com Letícia, que estava no trabalho e só soube do ocorrido ao chegar em casa, por volta das 18h, a professora havia enviado uma mensagem às 13h40 pedindo que ela fosse à escola, pois o menino estaria “dando trabalho”, mas ela não viu.
“Eu só vi a mensagem às 18 horas, quando cheguei do serviço. O Heitor estava dormindo com a menina que cuida dele. Quando ele acordou, começou a chorar e me contou que a professora tinha brigado com ele. Disse que estava brincando com um colega quando houve um desentendimento entre eles. Ao ser questionado pela professora sobre o ocorrido, Heitor negou ter agredido o colega. Ele falou que jurava por Deus que não foi ele. Aí, a professora deu um tapa na boca dele, com o dorso da mão”, relatou.
A mãe afirma que o filho também contou ter ouvido uma fala ofensiva sobre sua família. “A professora disse que conhecia a família do Heitor e que ele estava seguindo o mesmo caminho do avô e falou o apelido dele. Foi aí que eu vi que ele não estava mentindo, porque meu pai morreu há 14 anos, ele não chegou a conhecer o avô e nem sabe o apelido dele”, disse.
Letícia foi à escola na manhã seguinte, por volta das 7h, para conversar com a direção. “A diretora disse que o Heitor realmente estava dando trabalho, mas que não sabia do ocorrido e que me mostraria as imagens das câmeras da sala. À tarde, quando voltei, ela disse que as câmeras estavam em manutenção e que não estavam funcionando. Conversei também com a professora que negou a agressão e afirmou que apenas comentou que conhecia minha família. Enfim, eu quero ver as imagens das câmeras”, concluiu.
Letícia decidiu registrar o boletim de ocorrência com o objetivo de obter as imagens e entender o que de fato aconteceu.
O Portal Abordagem entrou em contato com a direção da Escola Coraly Julia, que enviou uma nota de imprensa sobre o ocorrido.
NOTA À IMPRENSA
Em relação ao que tem sido veiculado em redes sociais privadas de que uma professora da EMEIF Prof.ª Coraly Júlia Gonçalves Carneiro teria agredido fisicamente um aluno com um tapa na boca, a equipe gestora da unidade escolar tem a esclarecer o que segue:
No dia 22/10/2025, a genitora do aluno procurou a unidade escolar para relatar o possível episódio à gestão da escola, o qual supostamente teria ocorrido durante a aula da professora substituta, no período da tarde.
No diálogo, a genitora ressaltou que a criança teria mencionado o fato, mas que não saberia precisar se realmente o mesmo teria ocorrido, uma vez que a criança tem apresentado episódios em que verbaliza fatos que não ocorreram, um dos motivos pelos quais a genitora tem sido convocada com frequência na unidade escolar. Também sinalizou sobre uma possível fala da docente acerca de uma situação familiar para o aluno.
A gestão esclareceu que realizaria a apuração dos fatos e solicitou que a responsável retornasse no período da tarde, para esclarecimentos detalhados sobre os fatos apurados. No período da tarde, a genitora retornou à unidade escolar, após a gestão ter realizado a oitiva da professora substituta e também da professora titular, de alguns alunos da turma e tentado obter imagens de possíveis câmeras que tenham captado imagens.
Após as oitivas, a gestão não encontrou indícios de agressão física à criança, embora o questionamento da genitora acerca da possível fala da docente sobre a situação familiar do aluno tenha sido parcialmente confirmada pela gestão. Não foi possível obter imagens captadas por câmeras, pois não há câmeras ativas na sala onde os fatos supostamente ocorreram, fato que pode ser confirmado com o setor técnico da Secretaria Municipal da Educação.
A genitora se retirou da unidade escolar sem dar prosseguimento aos registros e mencionou que faria um boletim de ocorrência sobre o fato.
Ademais, a equipe de mais de 150 profissionais da Prof.ª Coraly Júlia Gonçalves Carneiro repudia comentários generalizados realizados em redes sociais que colocam em dúvida o trabalho sério, ético e profissional realizado pela unidade escolar e se resguarda o direito de acionar juridicamente os responsáveis pela divulgação dos mesmos, uma vez que fatos que não correspondem a verdade ou fatos isolados não podem ser utilizados, de forma genérica, para desmoralizar a instituição
Finalmente, a gestão entende que todos os fatos devem ser técnica, séria e efetivamente apurados, o que vem ocorrendo, para resguardar o direito não só do aluno em questão, mas de todos os demais alunos da unidade, e que os pais/responsáveis parceiros da escola conhecem e sabem o quanto os mais de 150 profissionais da instituição se dedicam em seu profissionalismo objetivando o melhor para os alunos.
Atenciosamente, Equipe Gestora/Funcionários da Escola
Fonte: Da Redação - Foto: internet
© Toda reprodução desta notícia deve incluir o crédito ao Abordagem, acompanhado do link para o conteúdo original.

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