Com a inauguração da Residência Inclusiva em Assis na última segunda-feira, 29, a Associação das Pessoas com Deficiência do Estado de São Paulo (APDESP) passa a ser pioneira no serviço num raio de 25 municípios no entorno da cidade, com a 140° unidade no estado paulista a oferecer acolhida assistencial a PcD seguindo as normas do SUAS (Serviço Único de Assistência Social), segundo dados da Secretaria de Assistência Social do Estado de SP. No país, de acordo com o último Censo SUAS, de 2022, há 267 unidades.

A iniciativa em Assis é 100% da APDESP, uma instituição sem fins lucrativos, que implementou o projeto somente com apoios e doações de parceiros da sociedade civil. Agora, segue nova fase de captação de recursos para a sustentabilidade e crescimento do projeto, tanto pelas vias públicas como privadas. Para além da manutenção e permanência dos já atendidos, a APDESP tem o propósito de aumentar o número também de residências inclusivas, inicialmente para atender a região do Vale do Paranapanema e, a médio prazo, todo o estado de São Paulo.

“Quem tem deficiência, e pouco ou nenhum apoio familiar, tem pressa. Só em Assis, temos uma lista com 38 PcDs aguardando uma oportunidade para serem atendidos na Residência Inclusiva. Todo e qualquer apoio nesse momento é mais do que bem-vindo”, frisa Claudomiro de Souza, presidente da APDESP. O objetivo principal é proporcionar autonomia, empoderamento e protagonismo aos PcDs, com suporte para atividades básicas e instrumentais da vida diária, e de estímulo ao trabalho e estudo, para que tenham dignidade e participação social, rompendo com modelos segregadores e isolados de atendimento.

Logo, a APDESP atua na promoção da inclusão social e cidadania, na defesa dos direitos das pessoas com deficiência, na valorização da cultura e identidade, na convivência e apoio comunitário, na formação e capacitação profissional, e na sensibilização da sociedade civil em defesa e apoio à causa. A residência inclusiva está prevista como modalidade de acolhimento provisória institucional do SUAS para PcDs de 18 a 59 anos, devendo ser excepcionalmente de longa permanência – ainda que a perspectiva de saída de parcela relevante da população atendida nestas unidades seja distante. A mesma residência deve ser ocupada por pessoas de diferentes graus de dependência e diferentes tipos de deficiência, a fim de evitar segregações.

Para isso, são elaborados Planos de Acompanhamento executados por uma equipe multiprofissional de referência habilitada a acompanhar a construção e o desenvolvimento destes projetos, composta por profissionais como: assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais e cuidadores, que oferecem suporte personalizado e qualificado, de acordo com cada deficiência. “Para além de moradia e alimento, precisamos garantir a folha de pagamento da nossa equipe especializada, a manutenção dos serviços, e abrir novas vagas e residências, para que o máximo possível de PcDs em situação de vulnerabilidade tenham não só um teto, mas um lar totalmente profissional e adaptado às suas necessidades físicas, emocionais e sociais” complementa Claudomiro.

A presença, o apoio e o engajamento da comunidade, do poder público e de parceiros de todos os setores, da Indústria, Comércio e Terceiro Setor nesta causa, são fundamentais para dar visibilidade ao projeto e fortalecer as ações de inclusão realizadas pela APDESP. Aos interessados em apoiar a Residência Inclusiva, a APDESP criou uma lista de itens para casa, online no Mercado Livre, onde qualquer pessoa pode contribuir de forma prática e solidária, por este link. Também podem ser feitas doações de qualquer valor, pelo PIX da associação: 35.472.651.0001/69.