O réu Leonardo Santana da Silva Rosa foi condenado nesta quarta-feira (13) a 31 anos e 9 meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela morte de Bruno Sodário Leme de Oliveira. Ele também deverá pagar 17 dias-multa no valor mínimo. A decisão foi proferida pelo juiz Bruno César Giovani Garcia, que negou o direito de recorrer em liberdade, considerando que o acusado permaneceu preso durante todo o processo e persistem os fundamentos que justificaram sua prisão preventiva.

O julgamento foi realizado no plenário da Câmara Municipal de Assis e contou com a atuação do promotor de Justiça Fernando Fernandes Fraga na acusação e do advogado Carlos Pinheiro na defesa.

O crime

De acordo como Ministério Público, consta nos autos do processo que o homicídio ocorreu na noite de 19 de junho de 2024 e foi cometido por motivo fútil, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

Ainda segundo as investigações, Bruno, conhecido de Leonardo e de outro homem que ainda será julgado, passou o dia com ambos. Horas antes do crime, os três estiveram em uma padaria e, depois, seguiram para a residência localizada na Rua Brasil, nº 127, onde Leonardo e o comparsa moravam e recebiam pessoas para consumo de drogas.

Em determinado momento, Bruno começou a gritar, incomodando os acusados. Sob efeito de drogas e álcool, eles pegaram uma barra de ferro e golpearam a vítima no tórax. Já no chão, Bruno foi agredido repetidas vezes, sofrendo fraturas no crânio e na face, lesões que provocaram a saída de massa encefálica e levaram à sua morte.

Após o óbito, os acusados cobriram o corpo com um cobertor, amarraram com um cinto e usaram uma carriola para transportá-lo até um terreno baldio na Rua José Bonifácio, a poucos metros do local do crime. O ponto ficava próximo ao comércio Valéria Frutas, causando forte comoção na vizinhança. No local, a polícia encontrou roupas sujas de sangue e um mandado de intimação em nome de Leonardo. A perícia apontou múltiplos ferimentos provocados por objeto contundente, compatíveis com possível tortura.