Caso UTIs infantil: Estado só age após ação da prefeita de Assis e repercussão na imprensa
O CEJAM que já faz a gestão de várias alas, agora assume também as UTIs infantil e neonatal.

A grave crise que ameaçava o fechamento imediato das UTIs Pediátrica e Neonatal do Hospital Regional de Assis (HRA) teve uma solução emergencial apenas no fim da noite de quarta-feira (4) — e somente após a prefeita Telma Spera intervir diretamente e articular uma alternativa provisória para evitar a desassistência a bebês e crianças.
O alerta sobre o possível encerramento dos atendimentos, previsto para a meia-noite, provocou forte repercussão após ser noticiado com exclusividade pelo portal Abordagem Notícia, que registrou milhares de acessos e ampla mobilização nas redes sociais. Diante da repercussão e da ação concreta da prefeita, o Governo do Estado finalmente se posicionou e autorizou o CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”) a assumir, temporariamente, a gestão da ala pediátrica do hospital.
A crise foi deflagrada pela falta crônica de médicos intensivistas e neonatologistas — um problema comunicado à Secretaria de Estado da Saúde há mais de um ano, sem que qualquer medida efetiva tenha sido tomada. Durante reunião emergencial realizada na quarta-feira com membros da equipe médica e da direção do hospital, foi decidido o encerramento das UTIs Neonatal e Pediátrica e a suspensão da obstetrícia, que depende do suporte intensivo para atender gestantes de alto risco.
Ao tomar conhecimento da gravidade do cenário, a prefeita Telma Spera procurou o provedor da Santa Casa de Assis, Arnaldo Thomé, e articulou uma proposta emergencial que garantiria a continuidade dos atendimentos. A ação rápida da prefeita e a exposição pública do caso forçaram o Estado a agir: no final da noite, o CEJAM foi autorizado a estender sua atuação para mais uma ala do hospital — que, aos poucos, vem sendo completamente terceirizado. Tanto é que o Governo do Estado abriu uma licitação para que outras organizações sociais de saúde (OSS) disputem a gestão de alas ainda não administradas pelo CEJAM.
Atualmente, o CEJAM já responde pela Urgência e Emergência Adulto, leitos clínicos e cirúrgicos e a Oncologia (UNACON) do HRA. Com a nova decisão, a organização passa também a gerenciar, de forma provisória, as UTIs Pediátrica e Neonatal, garantindo a permanência dos cinco pacientes que estavam internados — dois recém-nascidos e três crianças — que estavam prestes a ser transferidos, inclusive com ambulâncias sendo preparadas.
A prefeita Telma Spera tem reunião marcada para esta quinta-feira (5), às 17h, com o Secretário Estadual da Saúde, em São Paulo. Inicialmente voltado a demandas gerais do HRA, o encontro agora tem como prioridade a busca de uma solução definitiva para a manutenção dos serviços pediátricos e neonatais no hospital, que é referência para 25 municípios da região em atendimentos de alta complexidade.
A mobilização local liderada por Telma e a forte pressão popular gerada pela cobertura jornalística do portal Abordagem foram determinantes para evitar um colapso no atendimento a gestantes de alto risco, recém-nascidos e crianças em estado grave.
Nesta manhã de quinta-feira, 05, a reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado solicitando informações sobre essa questão tão importante para 25 municípios e aguarda retorno.
Fonte: Da Redação
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